Eduardo Bomfim, no Vermelho www.vermelho.org.br
Porém o Brasil mudou e de lá para cá, com altos e baixos, percalços de todos os tipos, especialmente nos últimos anos houve a incorporação de imensa parcela da população a patamares mais elevados de vida com acesso a bens de consumo antes inimagináveis.
Segundo estatísticas a chamada classe C é composta atualmente por cem milhões de trabalhadores denominados, talvez equivocadamente, como a nova classe média brasileira.
O Brasil cresceu economicamente, transformou-se substancialmente mas é sabido que quanto mais se melhora de vida mais aumenta o nível de aspirações e a consciência da realidade social em que se vive.
A questão de fundo sobre as gigantescas manifestações estudantis, populares no País é que apesar dos avanços a realidade brasileira continua profundamente desigual, injusta para com as grandes maiorias. O recado que vem das ruas não é contraditório com aquele que veio das urnas mas indica um paradoxo evidente.
Não é aceitável que uma nação possua a segunda maior frota de helicópteros particulares do mundo e tenha um sistema de transportes público de péssima qualidade num País hoje essencialmente urbano onde as maiorias levam horas para chegar ao trabalho e tantas horas iguais para retornar aos seus lares.
Não é necessário pertencer aos estratos mais populares para constatar as condições em que a população é submetida nos serviços públicos de saúde mesmo que a existência dele já seja uma conquista num mundo que avança para a sua privatização a passos largos. Idêntico diagnóstico acontece com a educação ou segurança pública.
Os atores políticos, as instâncias governamentais em todos os níveis priorizaram as relações institucionais mas ficou debilitada a organização social massiva, programática, identificada com os reclamos mais profundos da sociedade brasileira.
Quanto aos desdobramentos das manifestações, sabe-se que em política não existem espaços vazios, mas cabe aos segmentos políticos avançados extrair as lições exatas dos acontecimentos e apresentar um renovado projeto social estratégico, patriótico, consequente com a urgência que a realidade exige.
Meu AMIGO, Luciano.
ResponderExcluirA minha admiração do seu trabalho vem das lutas sociais do tempo de Miguel Arraes. Hoje morando em Maceió sinto falta do engajamento do PC do B que tínhamos em Recife. A minha família continua votando no amigo e no Renildo Calheiros.Nos pleitos em Recife, sempre milito e peço voto para os amigos.
Givanildo Oliveira
Meu AMIGO, Luciano.
ResponderExcluirA minha admiração do seu trabalho vem das lutas sociais do tempo de Miguel Arraes. Hoje morando em Maceió sinto falta do engajamento do PC do B que tínhamos em Recife. A minha família continua votando no amigo e no Renildo Calheiros.Nos pleitos em Recife, sempre milito e peço voto para os amigos.
Givanildo Oliveira