Diário de Pernambuco:
Um homem de
letrasEscritor, jornalista e professor César Leal morre aos 90 anos depois de dedicar uma vida inteira à literatura
Poeta, mestre, jornalista, professor, descobridor de
talentos literários. Dedicado às letras e ao humanismo durante toda a vida, o
cearense radicado no Recife Francisco César Leal morreu, na manhã de ontem, por
falência múltipla de órgãos. Aos 90 anos (embora a certidão tenha sido
registrada em 1924, um ano após o nascimento), já havia sofrido isquemia
cardíaca e lutava contra um câncer na próstata há cerca de três anos. O corpo
foi cremado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, com presença da família, de
amigos e admiradores, entre os quais muitos escritores, artistas e jornalistas.
César Leal escreveu mais de 30 livros, entre obras poéticas e ensaios, e ocupava a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras desde 2007. O primeiro livro publicado foi Invenções da noite menor (1957), pelo qual ganhou o Prêmio Nacional de Poesia Vânia Souto Carvalho. Logo que se mudou para o Recife, iniciou a carreira no Diario de Pernambuco, a convite do então diretor Mauro Mota.
César Leal escreveu mais de 30 livros, entre obras poéticas e ensaios, e ocupava a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras desde 2007. O primeiro livro publicado foi Invenções da noite menor (1957), pelo qual ganhou o Prêmio Nacional de Poesia Vânia Souto Carvalho. Logo que se mudou para o Recife, iniciou a carreira no Diario de Pernambuco, a convite do então diretor Mauro Mota.
César atuou como repórter, redator, assessor da direção e
editor do Suplemento literário, por meio do qual propiciou a Geração 65, de
Alberto da Cunha Melo, Marcus Accioly, Lucila Nogueira, Raimundo Carrero,
Maximiano Campos, entre outros. “Ele foi realmente o pai da Geração 65, o
lançador de todos esses poetas. Descobriu um por um, aconselhou, orientou,
publicou os livros. Meu primeiro livro (Cancioneiro, 1968), foi uma das separatas
da revista Estudos universitários”, relembra Marcus Accioly. “Era alguém que
encorajava os jovens escritores e nunca deixou de se interessar por quem
escrevia literatura”, complementa o professor e poeta Esman Dias, outro
discípulo.
Deixou-nos uma obra hoje grande, amanhã, gigante. César Leal é de fato um imortal.
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