Luciano Siqueira
Publicado
no Vermelho www.vermelho.org.br e no
Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
Meu
blog www.lucianosiqueira.blosgspot.com é assumidamente amador,
improvisado, puro lazer. Diferente do site do PCdoB Recife www.pcdobrecife.com.br,
onde também escrevo
regularmente, que
é profissional, feito por uma equipe qualificada, que trabalha uma pauta
múltipla, viva (daí o sucesso medido pelo volume expressivo de acessos). Mesmo assim
o blog tem uma regra rígida: comentários só são publicados se assinados – o que
me previne contra agressões desnecessárias, tanto à esquerda quanto à direita;
quem diz impropérios tem que assumir.
Porém
a regra tem outra consequência: priva-me de registrar textos interessantes.
Certeiros, sisudos ou combativos, quando tratam de política. Poéticos, alguns
deles; amargos, otimistas, intimistas até – quando falam de amor, desamor,
desilusão, recomeço.
Em
geral se referem a meus artigos e crônicas. Guardo-os em pasta própria, de onde
recolho agora alguns fragmentos.
Num
comentário recente acerca das dificuldades internas no PSDB quando se aproximam
eleições presidenciais, a fina observação de que “os tucanos jamais
conquistarão a presidência da República justamente porque são fortes nos dois
maiores colégios eleitorais do País, São Paulo e Minas – mas o “café” e o
“leite” desde o fim da República Velha já não se entendem, vivem às turras em
busca da hegemonia.” Faz sentido.
A
propósito do meu artigo “A militância nossa de cada época”, essas duas
passagens: “...pra mim a militância rola, é um trilho pra gente caminhar e
achar um sentido para a vida”; e “...faz por onde você se sentir útil e
pertencente a uma causa que vale a pena...”.
A
imagem do buquê de rosas vermelhas abandonado sobre a sarjeta em minha crônica
“Os donos da Praça da República” contraditoriamente inspirou arrebatadas
declarações de amor bem sucedido: “Meu amor é sem prazo, nem regra, nem
compromisso: simplesmente é.” Outra: “Amor pela metade aprisiona; meu amor é
por inteiro, liberta.” Mais uma: “Que seja chama e que seja eterno...”.
No
polo oposto, a desventura amorosa, a citação de Clarice Lispector, para quem “o
silêncio humano é o mais grave de todos os do reino animal”, num comentário de
uma internauta que se viu abandonada sem sequer ouvir do ex-amado uma palavra
de despedida. Outra procura abrigo na compreensão de que “a solidão, quando
passageira, purga erros e recupera a coragem de amar.” Que assim seja.
Você
pode dizer que essas vozes anônimas não dizem grande coisa – e em certa medida
tem razão. Mas importa que tanta gente clique ali em “coments” e fale de si
mesmo, de suas crenças, agruras, alegrias e esperanças. Tanto quanto quem
conversa comigo pelo Twitter e pelo Facebook ou via e-mails.
Tudo
vale a pena.
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arte, humor, política, economia e cultura clicando aqui http://migre.me/dUHJr
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