Luciano Siqueira
Apesar dos maus agouros de quem torce contra, o Brasil criou 94,9 mil
vagas de emprego em outubro. Pois há os que analisam o evolver da economia com
olhares preocupados em superar obstáculos e seguir adiante no ciclo de
crescimento com inclusão social. E há os que buscam a todo instante sinais de débâcle
porque torcem contra, na expectativa de que se crie um ambiente favorável às
oposições em 2014. Estes devem estar frustrados diante da expansão dos postos
de trabalho nos mês passado.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), outubro se encerrou com um saldo
líquido de criação de 94.893 empregos formais. Uma marca superior à do mesmo
período do ano passado, quando foi apurada criação líquida de 66.988 postos de
trabalho. No mês, o total de admissões atingiu 1.841.106 e o de dispensas
alcançou 1.746.213.
Num ambiente de ameaças externas, advindas da crise global, e ainda às
voltas com grandes obstáculos macroeconômicos – mormente o câmbio flexível,
metas inflacionários elevadas e retomada da elevação dos juros -, o panorama do
emprego se mostra extremamente positivo.
Isto significa reforço de um traço marcante da evolução do País na
última década, quando nada menos que quarenta milhões de brasileiros e
brasileiras se inseriram no mercado de trabalho e no mercado de consumo. Diferentemente
do passado neoliberal recente, quando de Collor a FHC o Brasil perdeu doze
milhões de empregos formais. De Lula a Dilma, vinte milhões de empregos com carteira
assinada foram gerados.
Assim, os dados do Caged merecem ser comemorados. No acumulado do ano, registra-se
geração líquida 1.464.457 empregos celetistas. Nos últimos 12 meses, foram
criadas 1.036.889 vagas com carteira assinada, na leitura com ajuste - que inclui
as informações repassadas pelas empresas fora do prazo. Com um dado relevante:
a indústria de transformação apresentou os melhores resultados de geração de
emprego no período, comparecendo com 33.474 vagas, correspondente a 91% mais em
relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertos 17.520 postos.
E se no comércio a oferta de empregos se mostrou limitada, de 5,2% em comparação
com outubro de 2012 (exatos 52.178 postos de trabalho), é de se esperar que em
novembro e dezembro, com o aquecimento do movimento de fim de ano, essa
expansão sofra importante impulso.
Bom sinal. E um desafio aos que levam em conta o desempenho da economia
como variável importante na formação do cenário eleitoral de 2014.
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