07 dezembro 2013

União popular versus anarquia despolitizante

Sequestro da política
Eduardo Bomfim, no Vermelho
 

Foram a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margareth Thatcher, e Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos, ator de quinta categoria do cinema americano, que deram início ao período neoliberal válido para quase todos os Países iniciando uma época dramática para a humanidade.

Com o domínio absoluto do capital rentista, associado à força unilateral da única superpotência efetiva, os EUA, consolidou-se a hegemonia do liberalismo fundamentalista, adaptado ao período contemporâneo.

Assim foi possível edificar a mais contundente ditadura do pensamento único que a humanidade conheceu em todos os tempos expandindo-se sobre a cultura, mídia, artes, comportamento, economia, filosofia, conceitos “científicos”, relações internacionais etc, formatando a dita “Governança Mundial”.

Como vaticinou a Dama de Ferro tratava-se de pôr em prática a tese que “não existe a sociedade, o que existe são os indivíduos e o Mercado”, uma espécie de ligação direta, sem intermediários, entre a doutrina neoliberal ortodoxa e as populações.

Mas, para manter a “aparência civilizada” tornava-se vital a “Intermediação” entre as políticas neoliberais conduzidas por suas agremiações qualificadas, seguidoras dessa doutrina, e os indivíduos desprovidos da cidadania, retidos à condição primária de consumidores, ou seja, a manutenção da forma clássica de democracia representativa.

Daí porque a contínua tentativa de sequestro da própria atividade política do seio do Estado nacional, dos povos para torná-la refém do círculo estreito do Mercado de onde, esse é o desejo, a política não deve extrapolar, ao tempo em que se busca divorciá-la das sociedades através da estratégia de sua criminalização, meticulosa propaganda de descrédito, deixando-a ao puro deleite dos prepostos do capital global.

Assim cabe aos brasileiros patriotas, democratas, progressistas desejosos em fazer avançar a luta por um projeto de desenvolvimento soberano, o fim das históricas, abissais desigualdades sociais, combater a dispersão e a fragmentação social pretendidas, protagonizar a solidez, a defesa do Estado nação, distinguir nos fenômenos a essência da aparência, apoiar a lúcida, organizada união popular através da luta política, verdadeiro, único caminho das mudanças aqui e em qualquer outro lugar do mundo.

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