11 abril 2014

Espionagem ianque

ZunZuneo
Eduardo Bomfim, no Vermelho


O mais recente dos movimentos promovidos pelos Estados Unidos em termos de ações de espionagens, sabotagens, provocações, atividades desestabilizadoras contra a legalidade constitucional, soberana das nações transformou-se em escândalo internacional.

Foi o caso em Cuba, com a implantação clandestina pela CIA de programas para as redes sociais assemelhados ao Twitter, denunciada em entidades internacionais, que tinham o propósito já confessado de aliciar setores sociais, especialmente entre a juventude.

Para fomentar convulsões na sociedade cubana monitoradas por entidades como a Freedom Foundation, uma “escola de insurgências” dirigida pelos serviços secretos dos EUA agindo febrilmente em vários continentes e na América Latina.

Baseados em países da América Central, esses programas chamados de ZunZuneo e Piramídeo tinham como estratégia a formação sistemática de ativistas em camadas da sociedade, na juventude, a preparação de táticas de sublevações através de facções militarizadas, depredações de órgãos públicos, surtos psicossociais de revoltas, fabricação de tempestades de convulsões coletivas indefinidas etc.

As ações do governo norte-americano não são inéditas, vêm sendo aplicadas em vários países sob a orientação direta dos seus órgãos de inteligência atuando onde interessa à sua política externa para inviabilizar Estados, governos soberanos não subalternos aos seus ditames imperiais.

Ao lado desses projetos cibernéticos agem a grande mídia hegemônica, o capital financeiro, o rentismo, as elites internas retrógradas de cada país como na Venezuela violentamente bombardeada pela mídia e as tais facções na tentativa de um golpe de Estado.

A abrangência das “insurgências democráticas espontâneas” que substituem golpes armados, financiadas a distância, tal como os drones militares, é geral. No Brasil já foi testada em 2013, como ensaio geral, com o apoio da mídia monopolista que continua usando pesquisas fabricadas, terrorismo econômico, boataria intensa, notícias plantadas etc.

Assim, o que se encontra em jogo é a soberania do Brasil, nossos fabulosos recursos naturais, o direito do povo brasileiro decidir soberanamente seu destino, os caminhos do futuro. E nesse terreno pantanoso, minado, não há espaço para ingenuidades ou políticas aventureiras.

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