Eduardo Bomfim, no Vermelho
A grande mídia oligárquica internacional, nacional, sócia dos interesses do grande capital financeiro especulativo, do rentismo, praticamente já não mais traduz aquilo que ao longo dos tempos chamamos de jornalismo factual ou investigativo.
Trata-se de um fenômeno interligado ao movimento de concentração, centralização do capitalismo em escala global em níveis nunca vistos em épocas anteriores.
Ao tempo em que nas duas últimas décadas reinou absoluta a Nova Ordem mundial em decorrência de uma realidade geopolítica unipolar sob a batuta imperial dos Estados Unidos.
Produzindo uma espécie de ditadura do pensamento único do Mercado em substituição aos grandes valores universais, conquistados ao longo dos tempos pelos esforços da civilização humana em meio a avanços e retrocessos, conflitos de classes e guerras.
Assim essa mídia cuja finalidade residia no valor da informação, mesmo que uma informação de classe, foi se transmutando pelo menos nos últimos vinte anos assumindo mais recentemente outro caráter em sintonia com o processo de ultra centralização capitalista global.
A pauta da mídia oligárquica passou a ser a mesma em qualquer parte do mundo ao sabor dos objetivos do grande Mercado, da especulação parasitária, dos movimentos políticos estratégicos ou conjunturais da Nova Ordem Mundial neoliberal.
O que se alterna é a nuance regional sobre os temas, posto que as agendas são globais em consonância com os interesses econômicos, políticos da governança mundial financeira.
Onipotente, a grande mídia oligárquica já não mais divulga a sua versão de classe sobre os acontecimentos, passou ela própria a arquitetar em laboratório os fatos, os fenômenos sociais, tal é sua força como monopólio substituindo, quando necessário, os partidos políticos de linhagem neoliberal desgastados por lutas institucionais.
Mas a resistência dos povos, das nações a esse modelo totalitário tem sido crescente, aumentando os conflitos por todo o planeta. Destacando-se na América do Sul, Brasil, Argentina, Venezuela, sob ataques do que vem sendo definido nessa era digital, cibernética, como guerra de 4ª geração.
O que estamos vivendo no Brasil, em resumo, é uma intensa batalha ideológica, política. Uma tenaz luta em defesa do progresso social, da democracia, da soberania nacional.
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