22 agosto 2014

Monopólio midiático

Sordidez

Eduardo Bomfim, no Vermelho

Todos que lutaram contra o arbítrio, pelo retorno da plenitude democrática, o fizeram em virtude de várias propostas ao Brasil, algumas distintas umas das outras a depender do partido ou grupo social, a esmagadora maioria deles na clandestinidade, mas havia algo fundamental que unificava, a intensa asfixia das liberdades políticas em nosso País.

O retorno da democracia há 29 anos, maior período da nossa História republicana, indica que essa batalha política, de ideias, passou a ser travada, especialmente após o início do século 21, em patamares mais arejados porém submetidos a fatores econômicos, sociais, ideológicos sob a hegemonia quase absoluta da nova ordem mundial, do capital financeiro internacional.

Que detém, com mão de ferro, o monopólio global da informação utilizando-se da revolução tecnológica, novos instrumentos da informação digital, para impor através desses meios o controle dos povos e das nações seja por vias militares ou pela tentativa de assegurar a prevalência de uma espécie de ditadura mundial do pensamento único e controle das sociedades por parte do Mercado.

Quem achava ficcional essa moldagem orwelliana imposta à humanidade deve ter motivos para compreender a realidade a partir das denúncias de Edward Snowden e Julian Assange revelando ao mundo a sofisticada rede de manipulação, espionagem das nações e cidadãos tendo como centro de poder o capital financeiro concentrado, centralizado sob a batuta da sua guarda pretoriana os Estados Unidos.

O surgimento dos Brics pôs em curso a modificação dessa realidade geopolítica, econômica, autoritária, unipolar, como transição a outra via multipolar, mais democrática, adversa aos fundamentos da ortodoxia monetária neoliberal.

O Brasil, um dos principais integrantes dos Brics, vem sendo alvo de intensos ataques dessa Ordem esgotada mas por isso mesmo brutal, insana, que utiliza-se da sua força midiática global e regional, como arma de chantagem e desestabilização.

A campanha presidencial em curso é um exemplo cabal da violência contra a democracia, soberania nacional, a tentativa de empalmar o poder central num cenário de sordidez, grotesca manipulação usada contra a reeleição da presidente Dilma, transformando a eleição num festival de conspirações, delírios, crises montadas. A luta será intensa.
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