Eduardo Bomfim, no Vermelho
A
Escócia realizou um plebiscito para decidir se tornava-se independente do
domínio inglês, cujo resultado mostrou que o povo escocês resolveu, por
apertada maioria, continuar sob o jugo britânico.
David
Cameron, 1o ministro inglês, afirmou que “esse negócio de
independência tem se mostrado negativo para quem a reivindica”.
Falso,
bastam-nos os exemplos dos Estados Unidos, Índia, Austrália, Canadá, África do
Sul, ex-colônias do então poderoso império britânico cujo lema era: o império
onde o sol nunca se põe.
Mas na
Escócia ganharam os partidários do Não à autonomia, com um festivo bandeiraço,
carreata nas ruas de Edimburgo, regada ao legítimo whisky escocês e à excelente
cerveja escura de lá.
A
Escócia entendeu abdicar, alegremente, da própria soberania, algo só crível nos
tempos de domínio do “Mercado” financeiro, da Nova Ordem mundial.
Trata-se
de um fato na contramão das lutas pela libertação nacional, social, que se
agigantaram no século XX e continuam dramaticamente atuais.
O
império britânico ruiu fisicamente mas continua, subalterno aos Estados Unidos,
dando as cartas no mundo das finanças especulativas cujas sedes são a City em
Londres e Wall Street em Nova Iorque, junto à grande mídia global, maior
complexo de comunicação, de subjugação ideológica de todos os tempos.
Daí
saem as decisões do capital rentista contra países soberanos, incursões
militares pelos continentes, gerando uma das maiores carnificinas da História,
definida pelo insuspeito Papa Francisco I como “a Terceira Guerra Mundial de
tipo fragmentada”.
São
promotores da governança global, da agenda cultural hegemônica via grande mídia
e sucursais regionais. Agem para
subverter a autonomia das nações, sua desestabilização, cujo alvo central são
os BRICS.
A
assaltar riquezas naturais, privatizar Bancos Centrais, destruir conquistas
trabalhistas, imiscuir-se na vida política dos Países.
Nas
eleições presidenciais do Brasil, Wall Street, a City, têm, abertamente,
candidato. Apostam, via grande mídia, até agora, em Marina Silva, que tem laços
estreitos com essa agenda econômica, cultural, ideológica.
O povo
brasileiro, que nunca teve vocação para vassalagem, abdicação da soberania,
deverá travar imensa luta política, eleitoral pela vitória de Dilma Rousseff em
5 de outubro.
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