30 setembro 2014

O peso das palavras

Numa eleição presidencial em um país cujo povo amadurece politicamente a cada pleito, mais do que a emoção a palavra, na hora de apresentar propostas, tem peso determinante. Marina Silva subestimou isso ao acenar generosamente para banqueiros e especuladores e ao mudar de opinião conforme o público, na ânsia de se consolidar como opção conservadora. Perde intenções de voto a cada rodada de pesquisa. E reage apelando novamente à emoção, como se o debate de ideias – de que tenta escapar – fosse fácil de reprimir ou empurrar para debaixo do tapete. Enquanto isso, Dilma foi à ofensiva, reafirmou posições e demarcou campos com a candidata da Rede e com o tucano Aécio e amplia sua vantagem sobre os demais. Não há nada definido, daqui até o dia 5 ainda muita luta a travar. Mas há que se sublinhar a lição: quem quer governar não pode fugir ao debate de ideias, nem tergiversar sobre suas próprias propostas.

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