Numa eleição presidencial em um país cujo povo amadurece
politicamente a cada pleito, mais do que a emoção a palavra, na hora de
apresentar propostas, tem peso determinante. Marina
Silva subestimou isso ao acenar generosamente para banqueiros e especuladores e
ao mudar de opinião conforme o público, na ânsia de se consolidar como
opção conservadora. Perde intenções de voto a cada rodada de pesquisa. E reage
apelando novamente à emoção, como se o debate de ideias – de que tenta escapar –
fosse fácil de reprimir ou empurrar para debaixo do tapete. Enquanto isso,
Dilma foi à ofensiva, reafirmou posições e demarcou campos com a candidata da
Rede e com o tucano Aécio e amplia sua vantagem sobre os demais. Não há nada
definido, daqui até o dia 5 ainda muita luta a travar. Mas há que se sublinhar
a lição: quem quer governar não pode fugir ao debate de ideias, nem tergiversar
sobre suas próprias propostas.
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