Eduardo Bomfim, no Vermelho
O
segundo turno das eleições presidenciais mostra a face real do confronto
político existente no País que se agudizou nos últimos anos.
Não é
preciso ser expert na matéria para constatar que o Brasil, as nações que
compõem os BRICS, sofrem sistemáticos ataques especulativos nas finanças
internas, no tecido social e institucional.
As
denúncias de Edward Snowden, Julian Assange sobre as estratégias dos Estados
Unidos contra os povos, cidadãos, nações emergentes não são futuristas, fazem
parte do cotidiano que testemunhamos.
A
crise capitalista iniciada em 2008 que mergulhou os EUA, a Europa numa
catástrofe econômica com trágicos desdobramentos sociais, longe de esmaecer
continua a se intensificar.
Mas os
Países que integram os BRICS avançaram na contramão dessa maré da grande
recessão mundial apesar de sofrerem as consequências da debacle estrutural do
capital reduzindo o crescimento nos últimos anos.
No
contrafluxo dessa crise sistêmica, à visível decadência dos Estados Unidos como
potência hegemônica imperial, cujo moto contínuo passou a ser a promoção de
guerras de rapina por riquezas naturais ou de natureza geopolítica, elevou-se o
anseio de nações emergentes em defesa de outra ordem global multilateral,
democrática.
As
eleições presidenciais realizam-se de um lado com a volúpia insaciável do
capital especulativo num mundo financeiramente exaurido, de outro, a luta dos
povos pela transição a uma nova página na História.
A
candidatura de Aécio Neves é sinônimo do neoliberalismo ortodoxo, Estado
mínimo, do “Mercado” financeiro, de uma mídia oligárquica a ele associada.
A
reeleição de Dilma é vetor das mudanças, políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento econômico, investimentos sociais, fortalecimento estratégico do
Estado nacional, representa o campo da resistência ao neoliberalismo.
A
defesa entusiasta da grande mídia, do capital especulativo, ao candidato Aécio
Neves defensor do liberalismo já aplicado nos dois governos de FHC traduz-se
como grave retrocesso ao povo brasileiro.
Assim
é fundamental intensa mobilização social para a vitória de Dilma em 26 de
outubro que tenha como pressuposto a constituição de uma ampla frente nacional,
popular, democrática, sem particularismos, em defesa da nação, do
desenvolvimento econômico, do progresso social.
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