A resistência necessária
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
O Brasil sofre, na atualidade, uma brutal ofensiva
reacionária cuja motivação central é o seu desmonte como sociedade nacional,
das suas caraterísticas antropológicas em formação de jovem nação, sendo que o
motivo principal é o seu protagonismo crescente entre a comunidade das nações.
Tal iniciativa será muito difícil de prosperar,
devido à sua grande população, riquezas, dimensões continentais, sem o aval e
apoio de forças retrógradas internas absolutamente alinhadas com os objetivos,
interesses do Mercado financeiro internacional, das estratégias geopolíticas
imperialistas.
Porém, isso não se trata de uma novidade, porque em
nossa história contemporânea, esse tem sido um movimento recorrente, algumas
das vezes trágico.
O novo nisso tudo é a realidade internacional e o
crescimento do país apesar dos pesares, dos esforços em contrário, e a
decadência da Nova Ordem mundial, inaugurada nos anos noventa passado, com a
hegemonia neoliberal, do mundo unipolar sob a batuta imperial dos Estados
Unidos e agregados como a Grã-Bretanha.
Uma das faces mais evidentes dessa agressão contra
a nação tem sido o papel central da mídia oligárquica, que vem substituindo as
forças políticas reconhecidas e sintonizadas com o ideário neoliberal, porque
desgastadas, sem crédito, elas não representam alternativa crível para a
sociedade.
A linha adotada pelos interesses forâneos,
reacionários internos é a criminalização da luta política, da via democrática,
a brutal campanha de alienação social com o objetivo de afastar a sociedade, a
juventude, os trabalhadores da participação na vida politica do País, da roda
viva através do “encantamento”, único, exclusivo, do “presente contínuo” no
Mercado.
Os efeitos colaterais são: a profusão do sentimento
de ódio, a fragmentação do tecido social, as tempestades de indignações
difusas, a expansão social da violência, mas acima de tudo a tentativa de fazer
germinar o “ovo da serpente”, a alternativa autoritária, o neofascismo
disseminado e globalizado do século 21.
Ao Brasil urge um Projeto Estratégico de
Desenvolvimento, renovação da nossa autoestima como povo, retomada do
crescimento industrial, científico, tecnológico, educacional, cultural. E ampla
mobilização social de resistência em defesa da nação e da democracia ameaçadas.
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