O mercado contra-ataca
Eduardo Bomfim, no Vermelho
Não há como tapar o sol com a peneira, a crise
estrutural capitalista, dos fundamentos do neoliberalismo hegemônico desde o
final da década de 90 passada, continua através de grandes ondas cíclicas
conduzindo os povos a uma processo de desestabilização profunda.
A
catástrofe econômica global de 2008, deflagrada por via da bolha imobiliária do
Mercado norte-americano, decorre da crise do capitalismo em que a acumulação
financeira parasitária cresce de forma gigantesca, muito mais que a riqueza
real produzida no mundo.
A
desregulamentação das conquistas dos assalariados tem sido motivo de
verdadeiros assaltos à mão armada há vários anos. A batalha dos trabalhadores
brasileiros contra o Projeto da Terceirização é mais um capítulo dessa onda
criminosa contra as grandes maiorias sociais.
Nos
EUA, nunca pródigo em matéria de direitos sociais, mais destacadamente na
Europa, os trabalhadores têm sido alvo de massacres: redução dos salários,
cortes profundos nas pensões, aposentadorias, saúde, educação, conquistas
adquiridas com muita luta especialmente nas décadas subsequentes à 2a Guerra
Mundial.
No
Brasil essa luta reflete um contínuo Histórico que motivou conspirações contra
o governo João Goulart, sua deposição em 1964, e Getúlio Vargas em 1954 o qual
recorreu à fatídica tática do suicídio para através de imensa mobilização
social derrotar inimigos da nação que urdiam o golpe de Estado.
Ao
longo da nossa História a luta social é associada ao aspecto central da defesa
dos interesses, riquezas nacionais, sempre ameaçados, que impõe a urgência de
um projeto de desenvolvimento factível.
A
luta do povo brasileiro contra forças retrógradas é permanente, a ação
antinacional adota táticas diversionistas com apoio da mídia oligárquica, com
seus novos recursos cibernéticos, buscando atrair setores médios com vistas ao
golpe.
O
Brasil, integrante dos BRICS, atingiu patamar estratégico na geopolítica
mundial. Com riquezas continentais, imensas reservas petrolíferas, tem sido
alvo de desestabilizações pela reação interna e o imperialismo.
São
questões decisivas o descortino político, ampla frente democrática, patriótica,
um Projeto de Desenvolvimento Estratégico na reafirmação de nação protagonista,
independente e solidária, em novo cenário global que se consolida.
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