ONU: estudo discute doenças tropicais negligenciadas
Relatório da Organização Mundial da Saúde
(OMS) aponta o impacto de 17 doenças tropicais negligenciadas – como doença de
chagas, leishmaniose, raiva, cisticercose, dengue, entre outras – em mais de um
bilhão de pessoas em 149 países e mostra opções e metas para o futuro . O
Brasil é um dos países afetados por certas doenças discutidas no relatório.
O
investimento prioritário para a redução desses índices, segundo a OMS, seria em
prevenção, especialmente no contexto de substituição dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (que terminam em 2015) pelos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (com limite para o ano de 2030). O relatório ainda
destaca o importante papel da pesquisa.
Tendo
feito grandes progressos em prover água potável em todo o mundo, a civilização
ainda tem grandes desafios nos quesitos sanitários e de higiene: no fim de
2012, aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas – cerca de 1/3 da população
mundial – não tinham acesso a instalações sanitárias apropriadas.
A
OMS ainda chama a atenção para o fato de que países endêmicos têm passado de um
status de países de renda baixa para países de renda média, sem, no entanto,
deixar de apresentar endemias de algumas das doenças analisadas, o que pode
estar relacionado à falta de cobertura universal de saúde: assim, para 2030, a
entidade propõe como meta que pelo menos 80% da população de um país (como meta
local) e 80% da população global (como meta mundial) esteja coberta por
serviços de saúde essenciais, com proteção de 100% quanto aos chamados “custos
de bolso”, i.e., o valor que o cidadão precisa desembolsar na hora efetiva de
utilizar o serviço.
O
relatório assim mostra que a questão da pobreza e acesso a condições básicas de
higiene e saúde estão relacionados à proliferação dessas doenças e, para a
redução de seus índices, é preciso também melhorar a condição de vida das
populações pobres de todo o mundo.
Fonte:
Boletim da Fundação Perceu Abramo
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