Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
Qualquer
pesquisa superficial, não precisa ser intensiva ou qualitativa, revela que os
grandes meios de comunicação oligárquicos vêm batendo sistematicamente na tecla
que o Estado brasileiro é um mastodonte jurássico, portanto inútil,
incompatível com as necessidades básicas do desenvolvimento do país.
Trocando em miúdos essa é a
mesma tese propagada desde meados da década de 1970 pela senhora Margaret
Thatcher, a Dama de Ferro, ex-primeira-ministra da Grã-Bretanha, juntamente com
o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, que deram o tiro de largada para a
avassaladora onda conservadora neoliberal que se espalhou pelo planeta.
O neoliberalismo visto em seu
conjunto é bem mais que uma iniciativa econômica reacionária, estende-se como
doutrina pelos mais diversos campos das relações humanas e sociais.
Ele tem determinado o padrão
geral de comportamento societário ideológico dos povos salvo as raras nações
que por condições objetivas e subjetivas tiveram a possibilidade de encontrar,
por vias próprias de resistência, a superação com êxito desse cataclismo
através de caminhos ao desenvolvimento.
A trágica crise capitalista
desde 2008 é tão profunda e abrangente quanto a grande debacle de 1929 do
século passado, só que agora em um mundo globalizado onde a hegemonia
ideológica midiática tem provocado “mutações antropológicas, eclosões
descontroladas de emoções sociais negativas” articuladas pelas ambições do
Mercado global, da hegemonia imperialista.
Não por acaso só o Departamento
de Defesa dos EUA emprega 3 milhões e 200 mil funcionários, 1% da população
norte-americana, contrata universidades, complexos industriais, alicia agências
noticiosas, mídias, como afirma a jornalista inglesa Frances Saunders em seu
livro “Quem pagou a conta? A Cia na guerra fria da cultura”. Com objetivo de
manter a hegemonia militar e de Inteligência, diz Mauro Santayana.
Quanto mais forte o Estado em
funções econômicas estratégicas, Defesa Nacional etc., maiores chances de lutar
por um lugar ao sol na geopolítica global.
A suposta eficiência do Estado Mínimo apoiada por
certos economistas, intelectuais, grande mídia, ventríloquos tupiniquins,
jamais foi adotada pelas grandes potências mundiais. Além de falsa é um verdadeiro
cavalo de Troia contra os interesses do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário