Transcrevo da Folha de S. Paulo:
Às vésperas das manifestações anti-governo previstas em mais de 200 cidades, a presidente Dilma Rousseff disse que "a cultura do golpe ainda existe" no Brasil mas que, hoje, não há "condições materiais" de isso ocorrer.
"No passado até a nossa redemocratização, sistematicamente houve tentativas de golpe", avaliou a presidente. "Esse passado não se coaduna com a nossa democracia moderna. (...) Acho que a cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de isso ocorrer", concluiu
A presidente falou sobre o assunto durante entrevista ao SBT, exibida na noite desta quarta-feira. A petista disse que as manifestações são legítimas, desde que não haja "intolerância". "A intolerância divide o país", afirmou.
"Temos de ser capazes de conviver com as diferenças. (...) Não somos uma democracia infantilizada. Manifestações são normais. O que temos que evitar é a intolerância", disse Dilma.
A presidente ressalvou, no entanto, que há um "processo de intolerância como não visto no Brasil a não ser nos períodos passados, quando se rompeu a democracia"
Mais cedo, a presidente participou da 5ª Marcha das Margaridas, em Brasília. Na ocasição, disse que não permitirá "retrocessos" no país. "Nos maus tempos da lida eu envergo, mas não quebro", afirmou a milhares de mulheres, citando letra de música do artista Lenine.
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