Luciana: País precisa de agenda que não penalize mais o povo
Portal Vermelho
A presidenta nacional do
PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), que participou da construção das sugestões
da Agenda
Brasil, elaborada por líderes de 15 partidos da base do governo
Dilma na Câmara dos Deputados, falou da importância da plataforma e apontou que
o foco desta iniciativa é a retomada do crescimento. O lançamento do documento
ocorreu com uma coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira (26), no
Salão Verde na Câmara.
“Temos que melhorar nossa competitividade,
melhorar as medidas que fortaleçam o conteúdo nacional, a economia nacional.
Ali estamos debatendo desde uma reforma tributária que baseie os tributos na
renda e nos grandes patrimônios do país, uma reforma tributária progressiva”,
contou.
Luciana defendeu ainda que é preciso
investir na inovação tecnológica, com foco na competitividade a evitar o
contingenciamento em áreas estratégicas. “No que diz respeito ao
contingenciamento temos que ter um tratamento especial para Saúde, Educação e
Ciência e Tecnologia porque essas áreas são inclusivas para o povo brasileiro”.
De acordo com a presidenta do PCdoB, o país
precisa sustentar uma agenda que “não penalize ainda mais os que historicamente
são os mais penalizados” e que é preciso inverter o ajuste. “O ajuste precisa
levar em conta essas medidas que já estão em curso, como por exemplo, a taxação
da contribuição sobre lucros enviada pelo Governo e que acredito ser possível a
gente construir uma solução ainda melhor. Em resumo precisamos pensar em um
conjunto de medidas que a coloque na ordem do dia a inclusão social e o
crescimento”.
Sobre a Agenda apresentada pelo Senado,
Luciana avalia que o grande mérito é o de criar um pacto pelo Brasil. “Nós não
podemos em função das disputas políticas, que tiveram seu tempo e eleitoral no
ano passado, desvirtuar ou comprometer os rumos do país”, pondera. “Ao invés de
fazer um ritmo de debate político aqui no âmbito do Congresso Nacional, numa
agenda que é eminentemente da disputa partidária e política, nós priorizamos a
disputa de ideias, de um programa para o país”.
“Colocamos o foco voltado para debater as
iniciativas e podemos até polemizar com elas, contanto que a gente consiga
construir um pacto para o Brasil que, entre outras questões, enfrente a reforma
política, a reforma tributária e a manutenção de conquistas que realizamos no
último ciclo político, como o enfrentamento da desigualdade regional e os
avanços nas políticas sociais que não podem retroceder”, finalizou.
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