Coalizões atuais, alianças futuras
Luciano
Siqueira
Verifica-se certa ansiedade entre observadores da cena política quanto ao "risco" de coalizões que ora governam prefeituras sofrerem dissensões quando da montagem das chapas que concorrerão no pleito vindouro.
Ansiedade exagerada: nunca alianças amplas necessariamente se confirmaram adiante, por ocasião da peleja eleitoral.
E é natural que assim seja. Particularmente quando se trata de capitais e grandes e médias cidades. Tanto pela amplitude e variedade de siglas partidárias - com o registro da Rede, são trinta e quatro -, como pela dificuldade de comportar, num mesmo espaço, distintas aspirações em geral legítimas e procedentes.
Mais ainda quando se considera que em cidades polos - as capitais em especial -, o pleito vindouro será uma espécie de "mãe de todas as batalhas". Ou seja, mirando as eleições gerais de 2018, todas as correntes políticas pretendem acumular forças em 2016.
Esse é o filme de sempre.
Assim, cabe a quem governa concentrar, agora, todas as energias na gestão. Evitar o quanto possível contaminar a obra de governo com especulações sobre arranjos eleitorais futuros. Embora seja evidente que ninguém, nem nenhum governante em particular, sobretudo os que aspiram à reeleição, devem cerrar olhos e ouvidos ao que acontece ao redor.
O fato é que se deve distinguir dois tempos concomitantes, digamos assim: o tempo de governo e o tempo eleitoral.
As variáveis que essencialmente dão o ritmo de cada um têm suas especificidades.
Verifica-se certa ansiedade entre observadores da cena política quanto ao "risco" de coalizões que ora governam prefeituras sofrerem dissensões quando da montagem das chapas que concorrerão no pleito vindouro.
Ansiedade exagerada: nunca alianças amplas necessariamente se confirmaram adiante, por ocasião da peleja eleitoral.
E é natural que assim seja. Particularmente quando se trata de capitais e grandes e médias cidades. Tanto pela amplitude e variedade de siglas partidárias - com o registro da Rede, são trinta e quatro -, como pela dificuldade de comportar, num mesmo espaço, distintas aspirações em geral legítimas e procedentes.
Mais ainda quando se considera que em cidades polos - as capitais em especial -, o pleito vindouro será uma espécie de "mãe de todas as batalhas". Ou seja, mirando as eleições gerais de 2018, todas as correntes políticas pretendem acumular forças em 2016.
Esse é o filme de sempre.
Assim, cabe a quem governa concentrar, agora, todas as energias na gestão. Evitar o quanto possível contaminar a obra de governo com especulações sobre arranjos eleitorais futuros. Embora seja evidente que ninguém, nem nenhum governante em particular, sobretudo os que aspiram à reeleição, devem cerrar olhos e ouvidos ao que acontece ao redor.
O fato é que se deve distinguir dois tempos concomitantes, digamos assim: o tempo de governo e o tempo eleitoral.
As variáveis que essencialmente dão o ritmo de cada um têm suas especificidades.
Ainda que gestores municipais tenham sido cobrados
nas eleições gerais de 2014, quando viviam ainda a fase de maturação de
projetos e ações de seus governos – cobrança típica da ocorrência de pleitos a
cada dois anos -, será de agora em diante que o conjunto da obra a ser julgado
pelos eleitores estará plenamente definido. Permitir qualquer perturbação nesse
processo prejudica politicamente a quem governa e mais ainda a população.
De outra parte, antecipar precipitadamente as tratativas para possíveis alianças, agora, é quase ocioso. Sobretudo se for sancionada pela presidenta Dilma a restrita reforma política recém-aprovada no Congresso Nacional, que entre outros dispositivos, alarga prazos de filiação partidária.
Nesse caso, realmente o tempo há de ser o senhor da razão...
Recife e Olinda, nesse sentido, sediam situações emblemáticas. Por maior que seja a pressão midiática, tudo por enquanto se resume a especulação. Mesmo a antecipação de pretensões de alguns, sem que isto altere, entretanto, a ordem natural das coisas.
Passado o réveillon, aí sim, a agenda eleitoral terá seu espaço.
De outra parte, antecipar precipitadamente as tratativas para possíveis alianças, agora, é quase ocioso. Sobretudo se for sancionada pela presidenta Dilma a restrita reforma política recém-aprovada no Congresso Nacional, que entre outros dispositivos, alarga prazos de filiação partidária.
Nesse caso, realmente o tempo há de ser o senhor da razão...
Recife e Olinda, nesse sentido, sediam situações emblemáticas. Por maior que seja a pressão midiática, tudo por enquanto se resume a especulação. Mesmo a antecipação de pretensões de alguns, sem que isto altere, entretanto, a ordem natural das coisas.
Passado o réveillon, aí sim, a agenda eleitoral terá seu espaço.
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