Termômetro para o nanouniverso
Ciência Hoje Online
Pesquisadores brasileiros e
alemães desenvolvem sensor que atua como nanotermômetro capaz de fazer medições
de temperatura com base em propriedades ópticas e eletrônicas.
Máquina
de Epitaxia por Feixe Molecular (MBE). O aparelho que faz crescer nanoestruturas
foi utilizado pelo grupo para produzir o sensor. (foto: Anne Schade /
Universidade de Wurzburg)
Medir as
variações de temperatura em objetos muito pequenos – como as partes de uma
célula ou de um microchip, por exemplo – exige tecnologia gigantesca. Uma
parceria entre pesquisadores brasileiros e alemães elaborou um novo conceito
para medição de temperaturas em escalas nanométricas. A invenção, um
nanotermômetro que se baseia em propriedades ópticas e elétricas para registrar
a temperatura, já foi depositada no Escritório Europeu de Patentes (EPO, na
sigla em inglês).
A ideia para o
novo instrumento surgiu enquanto o Grupo de Nanoestruturas Semicondutoras da
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) realizava pesquisas de
aprimoramento de sensores ópticos, especificamente aqueles constituídos por
diodos de tunelamento ressonante. Os diodos – componentes semicondutores
simples – têm a sua capacidade de conduzir e direcionar corrente elétrica
alterada ao absorverem luz com comprimentos de onda muito pequenos, da ordem de
micrômetros. Nos diodos de tunelamento ressonante, a passagem da corrente
ocorre de forma abrupta, produzindo um pico de energia.
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