16 outubro 2015

Sioberania, democracia e progresso

Três valores

Eduardo Bomfim, no Vermelho www.vermelho.org.br

Num mundo conturbado por guerras de rapina, terrorismo financeiro, político, onde se abate sobre os povos a mais ampla e proposital confusão de rumos ao espírito dos indivíduos, sociedades, nações, adquirem alta dimensão três valores universais fundamentais.
O primeiro deles é a reafirmação do Estado nacional sem o qual é impossível prosperarem os demais elementos imprescindíveis ao convívio social sob a égide do progresso humano, à continuidade sob bases elevadas do patrimônio da riqueza natural de um povo, assim compreendida como os elementos que compõem o meio ambiente e a sua utilização racional, de forma civilizada para o crescimento da nação.
Sem Estado desintegra-se a sociedade nacional que garante o sentido da sua existência, há risco de fragmentação da territorialidade, da cultura, formação antropológica, a memória cultivada em desenvolvimento permanente, especialmente nos países de história recente como o Brasil.
Na atual era da globalização do capital financeiro, com seus métodos adequados aos movimentos insaciáveis do rentismo, ataques especulativos à riqueza dos países, a destruição dos Estados nacionais parece bem mais que uma estratégia financeira ou militar pré-determinada, mas uma certa condição “natural” sistêmica predatória.
No frenesi da globalização neoliberal a máxima dos seus teóricos era a de que marcharíamos para um governo mundial. O que não estava claro para eles era se isso aconteceria através do consenso ou pela imposição de fatores financeiros, administrativos e militares.
Os efeitos colaterais de tal concepção megalômana, intervencionista contra a autodeterminação dos povos, nações, estão à vista de todos com a aniquilação de países, alguns de tradições culturais milenares como o Iraque, Líbia, Síria, que resiste, e no continente africano.
Milhões de refugiados vagando pelas estradas, mares cujas consequências ainda estão longe de serem assimiladas e centenas de milhares de cidadãos trucidados em guerras intervencionistas, conflitos tribais minuciosamente estimulados, crise econômica global etc.
Os outros dois valores que associam-se à centralidade da soberania nacional do Brasil são os princípios indeclináveis das liberdades democráticas e do progresso social através do desenvolvimento econômico do País sob bases mais avançadas.
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