Terror
Eduardo Bomfim, no Vermelho
Os atentados terroristas em Paris na
sexta-feira (13/11) “merecem o repúdio generalizado como crime abominável de
lesa-humanidade... e mostram os perigos a que está exposta a humanidade”
afirmou com justeza em nota oficial a direção nacional do PCdoB.
É fundamental identificar as causas desse
barbarismo fanático de grupos fundamentalistas que atuam como se fossem uma
espécie de franquia do ódio e violência doentios.
Cabe às nações que defendem a democracia, a
soberania dos povos, a sensatez como diplomacia nas relações entre os
indivíduos, sociedades, o combate a esse fenômeno brutal, repugnante.
Antes da primeira guerra do Golfo não
existiam grupos terroristas que merecessem maiores preocupações dos órgãos de
inteligência na Europa, Estados Unidos e no mundo ocidental.
Com a política de incentivar o caos no
Afeganistão, sob o governo do presidente norte-americano Jimmy Carter,
começou-se a fecundar o “ovo da serpente” através de um líder oriundo de uma
milionária família saudita do petróleo, promovido a insurgente mor contra o
Estado afegão. Seu nome, depois mundialmente conhecido, Osama Bin Laden, chefe
da organização terrorista Al Qaeda.
Recentemente procurando estender o controle
geopolítico sobre a Líbia, Iraque, Irã, destituir o governo de Assad na Síria,
outra vez os EUA apoiaram uma organização brutal, terrível, o Estado Islâmico.
Os incentivadores desses grupos fanáticos
perderam o controle sobre eles e desde 2001 a humanidade passou a conviver com
dantescas ações de terror como o ataque contra as Torres Gêmeas em Nova York.
As ações criminosas em Paris resultam desse
contexto, assim como a explosão do metrô em Madri anos atrás, e atentados
ignominiosos no Oriente Médio, África etc.
As consequências de tudo isso tem sido o
horror que ameaça as nações, a fragmentação do Oriente Médio, do continente
africano, banhados em sangue, o flagelo social de milhões de refugiados rumo à
Europa principalmente.
Tanto como é óbvia a crise sistêmica da Nova
Ordem mundial, a presença do fascismo na Europa como força crescente, do
ideário autoritário no mundo. O Brasil deve manter firme repúdio ao terrorismo,
a defesa do Estado de Direito, da democracia, da soberania nacional, e
acautelar-se em um cenário que aderna perigosamente para sérias tensões
geopolíticas globais.
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