PCdoB explica medidas jurídicas para evitar o golpe
Portal Vermelho
“Essas medidas são
necessárias para garantir a legalidade e a constitucionalidade, porque fora
disso é golpe. A oposição não está preocupada com legalidade e ética, senão não
estava querendo que o processo fosse conduzido por mãos tão suspeitas como as
do presidente da Câmara”, anunciou a presidenta nacional do PCdoB, deputada
Luciana Santos (PE), em entrevista coletiva, nesta quarta-feira, no Salão Verde
da Câmara dos Deputados.
A coletiva, que reuniu ainda a líder do PCdoB na
Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), o vice-líder do Partido, Rubens Pereira
Jr. (MA), e deputados do PT, foi convocada para que o PCdoB desse explicações
sobre medidas jurídicas que o partido está tomando desde que o presidente da
Casa acatou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo Luciana Santos, a sessão de ontem (8) para
escolha dos membros da comissão especial que vai analisar o pedido de
impeachment foi “mais uma tentativa de burlar o regimento interno desta Casa”.
Para ela, “essa é uma luta eminentemente política, não tem nada a ver com
legalidade e ética.O que eles querem é impor uma agenda derrotada nas eleições
passadas, mas se querem isso devem ganhar as eleições nas urnas”, alertou.
O deputado Rubens Júnior disse que “ficamos felizes
com essa paralisação”, explicando que ela se dará em um prazo pequeno – de oito
dias - e acredita que, ao analisar o mérito da ação na sessão marcada para a
próxima quarta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir o rito
de forma constitucional, “que é o que nós defendemos”.
Segundo ele ainda, “antes do debate é indispensável
saber qual o rito aplicado” e é isso o que pede a ação impetrada pelo PCdoB no
Supremo . “Em outros tempos, a disputa se dava na espada e na bala, hoje a
gente recorre ao STF; o Supremo intervém para o cumprimento da Constituição
Federal e sinalizou (com a expedição de liminar) que vai afastar o rito
inventado por Cunha e vai estabelecer o rito conforme a Constituição”, afirma o
deputado.
Para a Jandira Feghali, a expectativa da análise da
ação no Supremo vai desde a anulação em si da abertura do processo de
impeachment da presidenta Dilma até a sessão de ontem ou a definição de um novo
rito. “A análise é da Justiça. Se puder anular, é a nossa expectativa, mas no
mínimo seja definido um rito constitucional”, afirmou Feghali.
Suspensão - A liminar na ação que o PCdoB deu entrada no STF
questionando o procedimento adotado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), na eleição dos nomes para compor a comissão, foi concedida
pelo ministro Luiz Edson Fachin. Ele concedeu liminar até que o plenário do STF
discuta o mérito do recurso. A reunião está marcada para o próximo dia 16.
Fachin julgou o recurso proposto pelo PCdoB, que
foi ao Supremo para tentar barrar a apresentação de chapa avulsa oposicionista
na eleição e ainda garantir que a votação fosse aberta. A Câmara, no entanto,
realizou a eleição antes de o ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso,
decidir a questão.
A oposição e peemedebistas aliados do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, acabaram ganhando dos governistas ao eleger a chapa
pró-impeachment. Com a eleição, o grupo já daria início aos trabalhos com
maioria a favor do impeachment.
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De Brasília, Márcia Xavier
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