Momentos decisivos
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
A luta política no Brasil
chegou a temperaturas elevadas em consequência do intenso confronto que já se
estende desde as eleições presidenciais de 2014. E de lá para cá
intensificou-se um agressivo movimento nitidamente conservador contra a
legítima manifestação saída das urnas com a reeleição da presidente Dilma para
um segundo mandato à frente da nação.
Caracterizado
como uma espécie de um falso terceiro turno eleitoral, assumindo, ao longo dos
meses que se seguiram, facetas de conteúdo golpista, porque contrário à
legalidade constitucional, democrática, convergindo para uma batalha política
assemelhada a outros episódios recentes da nossa jovem República como as ações
contra os presidentes Getúlio, Juscelino, João Goulart etc.
Mas
que também serve ao processo de amadurecimento da consciência das grandes
maiorias que compõem a sociedade brasileira que, óbvio, só aprendem através da
própria experiência, em cenários de fortes embates onde se conflitam interesses
econômicos, financeiros, de reduzidos estamentos contra os anseios mais
profundos do Brasil.
Ao
longo dos 27 anos da promulgação da Carta Magna, todas essas tempestades além
de por em prova a Constituição, com suas virtudes e defeitos, vão testando os
alicerces do mais longo período de legalidade, democracia, na vida do país.
Porque
é essa a questão central: o interesse primordial de uma nação independente, a
indeclinável liberdade política para que as maiorias sociais exerçam o seu
protagonismo de construtoras do seu destino, associado a um projeto de
desenvolvimento estratégico.
Na
verdade o capital financeiro global, associado a interesses forâneos, à mídia
hegemônica e grupos retrógrados jamais aceitaram em nossa recente História
republicana a ideia do povo brasileiro exercer o seu real papel de ator de
primeira grandeza como cidadãos e patriotas.
O
quadro institucional do país é muito grave. Mas é preciso entender a formação
do povo brasileiro, seu amor tantas vezes comprovado às mais amplas liberdades,
que se expressa mais uma vez em intensa mobilização nas ruas em defesa da
democracia, contra qualquer ação autoritária.
Por
isso, é que vivemos momentos decisivos para o futuro da nossa jovem democracia,
o destino de nação soberana, protagonista, solidária no cenário geopolítico
internacional.
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