Trabalhadores, empresários e governo na agenda pós-ajuste
Luciano Siqueira, no Blog
de Jamildo/portal NE10
No
Parlamento, no Judiciário e nas ruas e redes, o conflito segue aceso:
impeachment ou não. Para o bem ou para o mal o desenlace se avizinha.
Enquanto
isso, em Brasília, um fato promissor: em torno de uma agenda pelo crescimento no
pós-ajuste, reúnem-se centrais sindicais, entidades empresariais e governo.
Em mais uma rodada do Fórum
de Debates do Trabalho e Previdência, a retomada do desenvolvimento, no
contexto de crise política e econômica, como tema central.
Participaram da reunião os ministros Miguel Rossetto (Trabalho e
Previdência) e Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio),
entidades empresariais e representantes das seis centrais sindicais: CTB, CUT,
UGT, Força Sindical, Nova Central e CSB.
O Brasil há de ser maior do que
a crise – afirmam analistas isentos, anotando as nossas imensas potencialidades
ainda inexploradas e o interesse de grandes investidores, do Ocidente e da
Ásia, em aqui aportarem novos capitais. Além da capacidade reprimida de
investidores internos.
No meio do caminho tem a crise
política. A instabilidade institucional inibe novos investimentos.
O mercado de capitais, nas
atuais circunstâncias, tem a preferência dos investidores em potencial.
Daí a importância da discussão
havida no Fórum, inscrita entre os preparativos para o instante pós-ajuste e de
retorno à normalidade institucional.
Uma sinalização aos partidos
políticos, inclusive.
Um documento (“Compromisso pelo
Desenvolvimento”) com sete diretrizes foi à mesa – e, posteriormente, acolhidas
sugestões e emendas, levado à presidenta Dilma.
No documento estão incluídos a
adoção de políticas de fortalecimento do mercado interno para incremento dos
níveis de consumo, emprego, renda e direitos sociais e a ampliação de
investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas
renováveis e, em especial, na Petrobras.
A retomada do crescimento deve
acontecer alavancada por pesados investimentos em infraestrutura – portos,
aeroportos, rodovias, ferrovias -, para superar os entraves logísticos, que
associados ao aporte de inovação tecnológica, à equalização do câmbio e a redução
gradativa dos juros, propiciarão um ambiente econômico novo e a melhora da
competitividade da indústria brasileira.
O pacto entre trabalhadores, empresários
e governo, agora desenhado, impõe-se como premente necessidade.
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