A luta pelo poder
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
O que está ocorrendo no
Brasil é um outro olhar de uma velha prática política onde forças conservadoras
procuram capturar ponderáveis segmentos sociais, especialmente médios, para
justificar, consolidar o exercício do poder político.
Essa ambição de empalmar o poder por parte de
segmentos que compõem a nata do capital financeiro especulativo, os interesses
expansionistas do Mercado, as elites políticas mais retrógradas do País, só
ganha fôlego com o apoio aberto da grande mídia oligopolista parte integrante
da mundialização do rentismo nativo e global.
A
“violência simbólica”, quer dizer, o exercício de uma hegemonia discursiva,
ideológica, com que esses setores se lançam no assalto ao objetivo é mais
articulada, instrumentalizada, monitorada que em 1964.
Até
porque as condições do exercício dos interesses dos Estados Unidos são
atualmente bem maiores, apesar de um mundo em transição a uma geopolítica
multipolar.
Com o
potencial de transformar o País num laboratório de tempestades especulativas
financeiras, pânicos midiáticos de toda espécie, construção cotidiana de
múltiplos dissensos na sociedade nacional. De tal forma que esses “fatos” e a
“opinião publicada” se confundem com a realidade.
Mesmo
sem o fantasma da “Guerra Fria”, sem o apoio das Forças Armadas, voltadas para
uma visão geopolítica da participação do Brasil num cenário geopolítico
multipolar e sua integridade territorial, esses setores subalternos às ambições
antinacionais almejam a privatização das riquezas do País, retomam o discurso
que fazem há mais de 70 anos.
Como o
Mercado seria para eles “virtuoso”, os grupos políticos de oposição impolutos,
a riqueza nacional concentrada em mãos de 1% de nababos algo muito natural, os
ganhos estratosféricos do capital financeiro especulativo, os maiores do mundo,
seriam perfeitamente normais, fica assim óbvio o campo de alianças formado, com
a mídia hegemônica, em torno dessa aventura golpista.
Sob
virulento bombardeio da grande mídia o governo Dilma e aliados resistem. Já a
fome de poder mostra-se insaciável por parte desses grupos conservadores. Nesse
quadro político é fundamental apontar os rumos, na luta política concreta, de
um projeto nacional de desenvolvimento estratégico que aglutine amplas forças
sociais em defesa da nação e da democracia.
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