Petrobras é do povo
Jandira Feghali, no portal Vermelho
“O que será
da Petrobras?”, questionam muitos. Ler os jornais faz crer que a estatal, uma
das maiores petrolíferas do mundo e com reservas para mais de quatro centenas
de anos, está próxima da derrocada. Depreciação que só interessa à oposição
entreguista e às empresas estrangeiras. É o motivo da pancadaria sistemática.
É uma
imoralidade alegar que a estatal – maior vítima de uma operação construída de
forma subliminar a atingir o Governo Federal e a Esquerda brasileira – tenha se
desvalorizado. Empresa forte e estratégica, a Petrobras impulsionou o Brasil a
patamares exclusivos de autossuficiência energética e soberania a partir dos
governos Lula e Dilma.
Alcançou
esse cenário confortável e de respeitabilidade internacional com investimentos
diretos. Os que se assustam e alardeiam a dívida da Petrobras se esquecem que
ela é fruto de uma estratégica guinada para potencializar suas atividades em
território nacional e internacional, com visão de futuro – e isso incomoda
muita gente. Não só aqui, mas em vários países desenvolvidos, essas empresas
são parte central da estratégia de poder da nação. Aqui, a mesma prática é
vista com um desprezo cínico e oportunista.
Em 2002, no
pós-FHC, nosso país ainda era covardemente dependente de energia importada da
Bolívia e da OPEP. Era explícito que o governo tucano resultou em desastre no
que se refere à estatal. Sua inabilidade na condução das políticas de matriz
energética no país durante a década de 90, aliada ao entreguismo do patrimônio
nacional, fez da Petrobras um gigante de “pés de barro”. Éramos dependentes de
tudo nesta época quanto à geração de energia, por exemplo, reféns de
fornecedores externos e até da boa vontade de “São Pedro” para sustentar nossa
principal matriz hidroelétrica.
O que se
seguiu na gestão de Lula foi a aposta no conteúdo nacional e o fortalecimento
da estatal como motor do desenvolvimento nacional. Ampliação de recursos na
estatal, aumento da competitividade no mercado externo, a construção de uma
malha de dutos ampla, como o gasoduto-tronco que interliga todo o território
nacional (do sul à Fortaleza), o aproveitamento de grandes reservas de óleo e
gás natural das águas ultra-profundas que banham Sergipe, três terminais de
regaseificação, um gasoduto de 650 km através da floresta amazônica ligando as
reservas da Província de Urucú a Manaus e as imensas e famosas reservas do
pré-sal no litoral atlântico. Isso é apenas parte dos avanços obtidos.
Ainda há
uma imensa rede de pesquisa em parceria com universidades públicas para
química, gás, petróleo e engenharia e, até 2019, estima-se investir mais de R$
400 bilhões em seu Plano de Negócios. Mais de 80% direcionados à exploração e
produção da matéria prima, inclusive no exterior, além de abastecimento
interno. A saúde da Petrobras é um pesadelo para quem aposta contra, mas os
ataques se sucedem.
Há alguns
meses, tucanos tramam por meio de projeto do senador José Serra, a modificação do
regime de participação da Petrobras no pré-sal. O mesmo senador que manteve
conversas com a petrolífera Chevron vazadas na internet, em acordo para venda e
ataques à estatal. Na Câmara tentam aprovar um projeto que acaba com o avançado
marco regulatório da partilha. Essas iniciativas integram o pacote de maldades
da oposição com sua desestruturante agenda neoliberal contra o Estado
brasileiro, e vale ressaltar: derrotada nas urnas. Querem impor o projeto
deles.
A bancada
do PCdoB se articula contra essa tentativa e disputará a opinião pública com
coragem e altivez, porque acredita no desenvolvimento do país através de
patrimônio nacional forte, consolidado e competitivo.
Se hoje
alguns jornais contam mentiras em prol de um projeto neoliberal, amanhã os
livros de história revelarão todas elas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário