Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
Pesquisas
da grande mídia sobre as manifestações desse domingo pela deposição da
presidente da República, atestaram que os seus participantes continuam sendo
representantes das elites e de segmentos da classe média, o que não constitui
novidade, tanto como o protesto ser instrumento legítimo do regime democrático.
Mas o que surge como um fato
novo em meio a essas manifestações, insufladas pela grande mídia, é a repulsa,
o ódio bilioso e galopante à política em geral, além do ideário nazifascista
com saudações à suástica hitlerista e tudo mais.
Combinado a ações truculentas,
ataques físicos a pessoas, jornalistas, sindicatos, partidos políticos,
organizações democráticas que se espalham pelo País contra tudo que não se
coadune com o figurino difundido por essas lideranças do movimento com
inspiração claramente autoritária.
Que não tinham protagonismo à
exceção de personalidades grotescas que expunham suas intolerâncias contra
minorias, como na Alemanha de Hitler ou na Itália fascista de Mussolini. Agora
passam a defender à luz do dia a truculência de um regime totalitário.
Por outro lado assiste-se ao
despertar da consciência cívica em defesa da democracia em múltiplos segmentos
que, independentemente da simpatia pelo governo da presidente da República,
erguem-se em prol do Estado de Direito, da democracia, da Constituição.
Tudo isso lembra-nos a frase
contra o nazifascimso de Winston Churchill, o primeiro-ministro inglês durante
a 2a guerra mundial: prefiro a democracia com os seus defeitos do que a melhor
das ditaduras.
Assim o que urge no Brasil é a
defesa daquilo que nos custou muito caro, as liberdades democráticas. Torna-se
essencial um Não lúcido ao crescente ativismo sectário intolerante, assim como
a rejeição a um Estado Policial que não representa as aspirações da grande
maioria dos 200 milhões de brasileiros.
Figuras da oposição ao governo
que compareceram às manifestações de domingo, vaiadas, escorraçadas, ameaçadas,
provaram da intolerância obtusa. Estão com as barbas de molho.
É fundamental, na ação política
concreta, constituir uma ampla frente em defesa da democracia, da soberania
nacional, das conquistas fundamentais do povo brasileiro. Uma tarefa inadiável
que galvanize as grandes maioria da nação contra o golpismo aberto, sem
disfarces.
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