O
dia de ontem ficará marcado pelo ocaso de uma das articulações políticas mais
nefastas da história do país, o chamado “Centrão”. Costurado através das
artimanhas de Eduardo Cunha, o grupo mergulhou a Câmara dos Deputados em um
período de sombras, não só pelas pautas regressistas e obscurantistas que
sustentou, mas também pelas práticas antidemocráticas que inviabilizaram o
parlamento como um espaço de disputa política.
A derrota de Rogério Rosso, candidato de Eduardo Cunha no pleito pela presidência da Casa, marca o ocaso definitivo de Cunha. Sem ele, conforme notou a colunista Maria Cristina Fernandes no Valor Econômico desta quinta-feira (14), “nenhum outro presidente da Câmara será capaz de colar os nove pedaços em que o Centrão se desintegrou”.
É preciso notar que nem a enxurrada de denúncias, nem o processo no Conselho de Ética, nem o afastamento das funções de deputado haviam sido suficientes para derrotar Eduardo Cunha e esfacelar seu grupo. Enquanto sua sombra não fosse esconjurada de modo definitivo da presidência da Casa, este processo não se concluiria.
A colunista do jornal Valor Econômico também frisa que a vida do presidente usurpador Michel Temer ficará mais difícil. Sem a batuta de Cunha, capaz de agrupar quase que automaticamente mais de 200 deputados, será bastante mais difícil governar. Para além disso, apesar dos discursos conciliatórios, uma campanha para a presidência da Câmara sempre deixa marcas e cicatrizes, conforme a história da República pode demonstrar.
A correlação de forças na Câmara dos Deputados é muito ruim, talvez a mais difícil da história da República. Não havia possibilidades de vitória para um candidato do campo da oposição a Temer. Desse modo, a apresentação de mais de uma candidatura da esquerda acabou servindo para que os progressistas pudessem falar para mais gente. A defesa de candidatura feita por Orlando Silva, deputado do PCdoB de São Paulo e candidato a presidente da Casa, foi uma firme denúncia do golpe, uma ampla defesa das pautas populares, um facho de luz nas trevas que tem tomado conta da casa.
O segundo turno da eleição foi feito entre dois candidatos de partidos que compõem o espectro de apoio ao governo de Temer. Não poderia ser diferente, dada a atual correlação de forças da Câmara. Nessa nova fase do pleito, surgiu a possibilidade de impor a derrota definitiva a Cunha e ao Centrão e as forças mais consequentes corretamente a aproveitaram.
Não se pode esperar de Rodrigo Maia, o novo presidente, a adoção de uma pauta progressista nem um desalinhamento programático com o governo Temer, esta seria uma ilusão pueril. Mas sob sua presidência espera-se que possamos voltar a ter as regras do jogo respeitadas. Será uma vitória importante se a atual minoria puder lutar usando todas as garantias do regimento da casa, possibilidade fechada durante o mandato de Cunha. Mais importante do que isso, implodido o Centrão e cassado o seu líder, sem um bloco fechado de 200 deputados alinhados automaticamente e dispostos a tudo, a esquerda lutará em melhores condições contra a pauta nefasta do governo usurpador de Temer.
A derrota de Rogério Rosso, candidato de Eduardo Cunha no pleito pela presidência da Casa, marca o ocaso definitivo de Cunha. Sem ele, conforme notou a colunista Maria Cristina Fernandes no Valor Econômico desta quinta-feira (14), “nenhum outro presidente da Câmara será capaz de colar os nove pedaços em que o Centrão se desintegrou”.
É preciso notar que nem a enxurrada de denúncias, nem o processo no Conselho de Ética, nem o afastamento das funções de deputado haviam sido suficientes para derrotar Eduardo Cunha e esfacelar seu grupo. Enquanto sua sombra não fosse esconjurada de modo definitivo da presidência da Casa, este processo não se concluiria.
A colunista do jornal Valor Econômico também frisa que a vida do presidente usurpador Michel Temer ficará mais difícil. Sem a batuta de Cunha, capaz de agrupar quase que automaticamente mais de 200 deputados, será bastante mais difícil governar. Para além disso, apesar dos discursos conciliatórios, uma campanha para a presidência da Câmara sempre deixa marcas e cicatrizes, conforme a história da República pode demonstrar.
A correlação de forças na Câmara dos Deputados é muito ruim, talvez a mais difícil da história da República. Não havia possibilidades de vitória para um candidato do campo da oposição a Temer. Desse modo, a apresentação de mais de uma candidatura da esquerda acabou servindo para que os progressistas pudessem falar para mais gente. A defesa de candidatura feita por Orlando Silva, deputado do PCdoB de São Paulo e candidato a presidente da Casa, foi uma firme denúncia do golpe, uma ampla defesa das pautas populares, um facho de luz nas trevas que tem tomado conta da casa.
O segundo turno da eleição foi feito entre dois candidatos de partidos que compõem o espectro de apoio ao governo de Temer. Não poderia ser diferente, dada a atual correlação de forças da Câmara. Nessa nova fase do pleito, surgiu a possibilidade de impor a derrota definitiva a Cunha e ao Centrão e as forças mais consequentes corretamente a aproveitaram.
Não se pode esperar de Rodrigo Maia, o novo presidente, a adoção de uma pauta progressista nem um desalinhamento programático com o governo Temer, esta seria uma ilusão pueril. Mas sob sua presidência espera-se que possamos voltar a ter as regras do jogo respeitadas. Será uma vitória importante se a atual minoria puder lutar usando todas as garantias do regimento da casa, possibilidade fechada durante o mandato de Cunha. Mais importante do que isso, implodido o Centrão e cassado o seu líder, sem um bloco fechado de 200 deputados alinhados automaticamente e dispostos a tudo, a esquerda lutará em melhores condições contra a pauta nefasta do governo usurpador de Temer.
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