Eduardo Bomfim,
no portal Vermelho
É preciso constatar, como vários
já o fizeram, que o golpe em curso em nosso País além de sequestrar mais de 54
milhões de votos, portanto a cidadania da maioria dos eleitores, vem
acarretando enormes prejuízos aos propósitos da nação.
A sua consecução é, sem dúvida, fruto de um movimento
regressivo, econômico, social, aos interesses nacionais, que não se limita ao
Brasil mas estende-se à América Latina como um todo. Reflete uma contraofensiva
do capital financeiro, em um período de grave crise estrutural do sistema
capitalista mundial.
Assim a globalização financeira, seus instrumentos de poder,
coerção contra os povos, vão se utilizando de todos os mecanismos que dispõem
para subjugar as sociedades, nações, que intentam algum projeto soberano de
desenvolvimento nacional ou qualquer protagonismo no cenário geopolítico
internacional, por menor que seja.
Quer dizer, a política adotada pelo capital rentista não
abre mão da utilização de formidáveis prensas para esmagar os anseios de
autonomia das nações. Da mais relativa que se possa constatar até aquelas mais
consequentes que anseiam por um lugar ao sol, justo, solidário, no teatro das
relações globais, seja econômico, comercial, industrial, cultural, diplomático
etc.
Nos EUA, diante da crise econômica que os assola, o xadrez
da política interna deixa terríveis opções eleitorais ao povo norte-americano
que deverá optar entre uma candidata do establishment de Wall Street ou um
personagem dos tempos sombrios com suas ameaças aos imigrantes, retrocesso
daquilo que restou, em outras décadas, de progressista.
Esses são os períodos de crise profunda do capital
financeiro global. Em passado não muito distante ascendeu o nazi-fascismo em
meio a uma débâcle econômica que arrastou a humanidade à ruína além de dezenas
de milhões de mortos, no mais trágico conflito armado da História da
humanidade.
O que acontece no Brasil é parte do atual contexto mundial.
Mudam as características regionais, o papel estratégico de nação continente, a
7a economia mundial, as riquezas imensuráveis.
O governo Temer é uma farsa, grotesco. Mas as ambições
contra o Brasil avultam superlativas. No plano tático é essencial a defesa de
eleições presidenciais, via plebiscito. Estrategicamente assoma a luta
democrática, patriótica em defesa da nação ameaçada.
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