Luciano
Siqueira, no portal Vermelho e no Blog do Renato
Como parte da correlação de forças adversa, que propiciou a consumação do impeachment da presidenta Dilma, emerge considerável dispersão entre as forças agora na oposição.
Como parte da correlação de forças adversa, que propiciou a consumação do impeachment da presidenta Dilma, emerge considerável dispersão entre as forças agora na oposição.
Não
apenas em razão da relativa fragmentação própria das eleições municipais, que configuram
uma multiplicidade de alianças e projetos que põe em confronto, em âmbito
local, correntes políticas que tendem a convergir em torno da questão nacional.
Há
principalmente uma fragmentação resultante de diferentes juízos de valor acerca
de questões cruciais da vida do país e, sobretudo, de discrepantes compreensões
dos desafios práticos atuais.
Nesse
contexto, não cabe açodamento na busca da necessária convergência; cabe sim, de
modo sereno e generoso, muita paciência.
Entrementes,
a resistência concreta às políticas anunciadas e medidas práticas adotadas e
gestos de evidente teor reacionário emitidos do Palácio do Planalto pode e deve
acontecer das mais diversas formas e trincheiras — no Parlamento, nas ruas, nas
empresas, no bairro, nas escolas, nas redes sociais e assim por diante.
Toda
forma de resistência vale a pena!
E este
ainda é o instante em que a luta se dará de maneira relativamente dispersa ou,
dito de outro modo, cada segmento social e representação política partidária
toma as iniciativas imediatas que a vida impõe e se colocam ao seu alcance.
Às
correntes mais consequentes — o PCdoB com destaque — cumpre trabalhar na
construção de uma plataforma de lutas comum, que terá espaço tão logo se
conclua o atual episódio eleitoral.
A
necessidade de reformas estruturais – política, dos meios de comunicação, do sistema
educacional, agrária, urbana, tributária e do sistema judiciário, a defesa e o
fortalecimento do SUS -, agora sob condições mais difíceis, pois o golpe se
desdobra em todas essas esferas, haverão de balizar a agenda da resistência.
Aí
partidos e movimentos sociais serão chamados de fato a colocarem a nação e os
interesses fundamentais do nosso povo como estandarte principal, respeitadas as
diferenças político-ideológicas, rusgas pós-eleitorais e pleitos corporativos e
setoriais.
Em
tempos bicudos, a nenhuma força política cabe a presunção do exclusivismo na
busca do indispensável acúmulo de forças através da resistência hoje para uma contra-ofensiva
futura.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário