21 outubro 2016

Pensamento único

Horizontes
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho

Um conhecido homem-show da mídia monopolista é transformado, via televisão a cabo, numa espécie de porta-voz dos rumos do pensamento intelectual brasileiro, na literatura, artes, na análise Histórica do País. O seu papel não é o da investigação cultural sobre o contínuo Histórico nacional, mas o contrário, a sua desconstrução absoluta.

Não é novidade. A linha adotada há algumas décadas, através de uma agenda global, de temas pseudocientíficos, vem sendo aplicada seja no Brasil, na gélida Dinamarca, ou na pachorrenta Suíça dos relógios de precisão, pioneira dos paraísos fiscais, as contas secretas dos bancos suíços.

O Mercado rentista atingiu dimensão de hegemonia absoluta. Tornou-se imperioso para ele contrapor às identidades dos povos, às suas culturas, formação, um conjunto de ideias conhecidas como a ditadura global do pensamento único.

Não foi o proletariado de todo mundo que se uniu, como advogava Marx em sua visão de superação da exploração brutal do capitalismo sobre as sociedades e os indivíduos, mas o seu oposto, o capital que assumiu uma forma superior, demoníaca, violenta, mais destruidora.

A atual revolução tecnológica, a serviço do Mercado global, monitorada pelo império do Norte, e a seu dispor, não tem levado as sociedades ao raciocínio crítico, ao contrário, as conduz a uma espécie de Idade Média digital, onde avultam tempestades difusas de ódio pandêmico.

Mas o legado filosófico, econômico, cultural e humanista de Marx continua, dialeticamente, atual, porque a globalização, a Nova Ordem Mundial, vem conduzindo os povos à catástrofe, ao pântano.

Em pleno século XXI o mundo jamais presenciou tantas guerras de rapina, atrocidades, milhões de refugiados, afogados nos mares que banham a Europa. Uma acumulação de riquezas em ínfimas mãos sem precedentes, miséria galopante, as liberdades conspurcadas.

A perda dos direitos dos assalariados, um retrocesso mundial, inclusive no Brasil, vejam a PEC 241, as nações sob graves ameaças, como é o nosso caso com o petróleo, a Amazônia, e muitas outras riquezas num País continental.

Por isso a centralidade da questão nacional, a defesa do Brasil, do Estado nação, de um projeto estratégico de desenvolvimento soberano que unifique amplas maiorias do povo brasileiro, impõe-se como uma necessidade objetiva, incontornável.

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