75% acham que Temer é “defensor dos mais
ricos” e 63% pedem renúncia
No blog Viomundo
A maioria da população brasileira
(63%) é favorável à renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) ainda neste ano
para que haja eleição direta, apontou a pesquisa do Datafolha. Segundo o levantamento,
27% dos entrevistados se disseram contra a saída do peemedebista para esse fim,
6% se declararam indiferentes e 3% não souberam responder. Para que a população
vá às urnas e escolha um novo presidente para o mandato-tampão, seria
necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro. Segundo o artigo 81
da Constituição Federal, um novo pleito direto deve ser convocado em 90 dias se
os cargos de presidente e vice-presidente ficarem sem titulares.Do contrário, a
eleição é indireta. “Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da
última vaga, pelo Congresso Nacional”, determina o texto constitucional. Da Folha
Reprovação a gestão Temer dispara,
mostra Datafolha
A popularidade do presidente Michel
Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na
economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, 51% dos
brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em
julho.
O levantamento foi realizado entre 7
e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht
com menções a Temer.
Aqueles que veem o governo do
presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a
interinidade do peemedebista, eram 42%.
No período, a percepção da população
sobre a economia se deteriorou. Para 66%, a inflação vai aumentar; 19% apostam
que ficará como está e 11% preveem queda. O crescimento do desemprego é
aguardado por 67%. Outros 16% disseram que diminuirá e 14% acham que fica
estável.
Quanto ao poder de compra, 59%
opinaram que vai diminuir, 20%, que não se alterará e 15%, que aumentará.
Nos últimos meses, a situação
econômica do país piorou na avaliação de 65% da população e se manteve como
estava para 25%; 9% disseram que houve melhora.
Sobre a situação pessoal do
entrevistado, a percepção de piora recente corresponde a 50% dos brasileiros.
Para 38%, ficou como estava e 10% disseram que melhorou.
No futuro próximo, 41% acham que a
economia se deteriorará, 27%, que não se alterará e 28% apostam em melhora. Do
ponto de vista pessoal, 27% aguardam pioras na própria situação econômica, 37%,
melhoras e 32% apostam em estabilidade.
O Índice Datafolha de Confiança caiu
de 98 pontos, em julho, para 87 –- mesmo patamar registrado em fevereiro.
TURBULÊNCIAS
O pessimismo na economia e a má
avaliação de Temer ocorrem em meio a uma sucessão de crises. O peemedebista
assumiu com a promessa de compor um ministério de “notáveis”, em que a
recuperação da economia seria prioritária à gestão.
Desde então, seis ministros caíram
–quatro deles por envolvimento em escândalos decorrentes da Lava Jato.
A recessão econômica se agravou e
está próxima de ser a pior da história. São dez trimestres consecutivos de
encolhimento da atividade. O desemprego afeta 12 milhões de pessoas (11,8%).
A demora do governo em levar adiante
reformas estruturais frustrou o mercado e inibiu redução da taxa básica de
juros mais enérgica.
Nesse cenário, o otimismo inicial com
a queda de Dilma Rousseff (PT) se reverteu.
Para 40% da população, a gestão Temer
é pior do que a anterior. Para 34%, é igual e 21% a consideram melhor.
Em abril, um mês antes de ser
afastada no início do processo, a petista registrou reprovação de 63%.
O índice de ótimo/bom de Temer caiu
de 14% em julho aos atuais 10%. Não souberam avaliar o governo 5% dos
entrevistados.
Segundo o Datafolha, a população considera
o presidente falso (65%), muito inteligente (63%) e defensor dos mais ricos
(75%). Metade dos brasileiros veem Temer como autoritário e 58%, desonesto.
De zero a dez, a nota média dada ao
desempenho do governo Michel Temer é 3,6.
O Datafolha ouviu 2.828 pessoas com
16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
Colaborou REYNALDO
TUROLLO JR.
PS do Viomundo: Com Temer citado 43 vezes na delação da Odebrecht, ele cai
em 2017 abrindo portas para…FHC?
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