“O conflito político será a
marca de 2017”, diz Siqueira
O vice-prefeito
do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), declarou que a Câmara dos Deputados e no
Senado Federal, seguem em oposição “ao sentimento nas ruas e à gravidade da
crise”
Entrevista a Taciana Carvalho, LeiaJá
Em entrevista concedida ao Portal LeiaJá, o
vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), declarou que o
conflito político e social será a marca de 2017. “Em recente entrevista ao site
Carta Maior, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo observou que a ideia de que,
uma vez deflagrado o impeachment, se iria recuperar a confiança é primária. O
que aconteceu foi que a situação se agravou, continuamos numa espiral
descendente, e todas as pesquisas de confiança dos empreendedores acabaram se
mostrando negativas”.
Siqueira acredita que a insatisfação
da população se generaliza, sobretudo, ao envolver a crise global. “Na qual o
drama brasileiro está inserido. Segundo ele [economista], o sentimento de
confiança ou de desconfiança dos investidores se influencia, sim, pela situação
política interna, porém se alimenta de muitas outras variáveis”, pontuou.
“Segundo Belluzzo, se Dilma errou ao
tentar um drástico ajuste fiscal em plena desaceleração da economia, que
terminou não se consumando porque a maioria oposicionista do Congresso não
permitiu; Temer erra mais ainda, impondo o atual ajuste, desastroso, que leva
ao aprofundamento da recessão”, acrescentou.
O vice-prefeito destaca que, apesar do
cenário crítico, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, seguem em
oposição ao sentimento nas ruas e à gravidade da crise. “Interesses de grupo
nem sempre confessáveis reforçam lobbies retrógrados via bancadas rotulados
como “da bala”, “evangélica”, “do agronegócio”, “da bola”, entre outros. E, no
Planalto, com inigualável sofreguidão, tudo se faz para que o "Deus
Mercado" seja, enfim, reconhecido como verdadeira força dirigente das
forças que assaltaram o poder através do golpe
parlamentar-midiático-judiciário-policial”, cravou.
Para Siqueira, nem a “cantinela
midiática” tem aderência da população. “Inclusive entre os que investem seu
capital. Por mais distorcida que seja a cobertura jornalística em nosso país, o
empresariado se faz relativamente bem informado porque acompanha o que se passa
além de nossas fronteiras”.
Enquanto isso, o gestor ressalta que a
grande maioria dos brasileiros vivem em situação delicada. "Quanto aos de
baixo – a grande maioria dos brasileiros -, que vivem do próprio trabalho,
formal ou informal, ou se encontram em situação de extrema vulnerabilidade, a
cada dia o estômago tende a falar mais alto do que o noticiário pirotécnico do
Jornal Nacional”, cravou.
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Os lobbies e outros vícios históricos, infelizmente, mantém Deputados e Senadores insensíveis ao clamor das ruas, do povo. A ascensão de Temer coroa essa insensibilidade de forma desumana e insensata para o povo e beneficiadora selvagem do capitalismo.
ResponderExcluirParabéns pela entrevista!!!