Com Temer efetivado no
poder, houve piora no ritmo de queda do PIB
CartaCapital
Nível da atividade nos dois últimos
trimestres teve baixa mais acentuada do que nos primeiros meses de 2016, quando
Dilma ainda ocupava a Presidência
Após a divulgação, nesta terça-feira
07, da queda de 3,6% no PIB em 2016, Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, afirmou
que a queda na atividade econômica, acumulada em 7,4% ao se considerar também o
ano de 2015, é "espelho retrovisor".
O governo de Michel Temer tem motivos
para não querer olhar para trás. Os indicadores dos últimos trimestres indicam
que houve piora no ritmo de queda da atividade econômica após a efetivação do
peemedebista no poder em agosto de 2016.
Segundo os dados do IBGE, a baixa do
PIB registrada no primeiro trimestre de 2016, quando Dilma ainda ocupava a
Presidência, foi de 0,6%. Nos três meses seguintes, a queda da atividade
econômica foi menor: 0,3%.
Os meses de abril, maio e junho foram
marcados pelo processo de afastamento de Dilma e pela posse de Temer como presidente interino, quando o
mercado financeiro e os agentes econômicos pareciam convictos de que o
afastamento da petista seria suficiente para elevar o nível da atividade
econômica no País.
Após Temer ser efetivado na
presidência, houve, porém, uma piora ainda mais acentuada no nível da atividade
econômica na comparação com os últimos meses do governo Dilma. Segundo o IBGE,
houve queda de 0,7% do PIB no terceiro trimestre de 2016 e de 0,9% no quarto.
Uma piora acumulada de 1,6%.
Nos últimos dois anos, a atividade econômica não registrou
qualquer variação positiva. O pior período registrado foi no segundo trimestre
de 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma, quando o PIB sofreu uma
impressionante queda de 2,2%. O último período a registrar uma variação positiva
foi o quarto trimestre de 2014. Naquele ano, o PIB teve um leve crescimento de
0,5%.
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