Programático a toda prova
Luciano Siqueira, no portal Vermelho e no Blog do Renato
A fragilidade dos partidos políticos no Brasil não é fenômeno novo, ainda que agora agravada com a onda conservadora – acrescida das denúncias de corrupção - que traz em seu bojo a rejeição aos partidos e à atividade política.
Desde o Império e da República Velha e mesmo após a democratização pós-Estado Novo e do fim da ditadura militar, de 1985 em diante, nunca tivemos no Brasil partidos sólidos. Porque não programáticos, apenas circunstanciais.
Os partidos sempre assumiram feição de mosaico composto por grupos locais e regionais, expressão de interesses segmentados.
O Partido Comunista sempre foi a exceção - mesmo quando na sua primeira quadra, cujo pensamento teórico e político, incipiente, quase que apenas copiava o "programa" da Internacional Comunista.
Assim mesmo, desde sempre procurou constituir como organização de caráter nacional, una, expressão do projeto histórico de uma classe, o proletariado e da perspectiva civilizatória da sociedade brasileira.
Em sua trajetória recente, a partir do 10° Congresso, realizado em 2001, em plena crise da teoria marxista e das experiências socialistas após a débâcle da União Soviética e das democracias populares do Leste europeu, o PCdoB alcançou verdadeiro salto de qualidade em seu descortino teórico e político tático - em que se destaca a centralidade da questão nacional.
A resultante é um Programa partidário lastreado na teoria marxista e consentâneo com as condições atuais da luta pelo socialismo no mundo e com as peculiaridades da sociedade brasileira.
Um programa que firma o socialismo como objetivo, reformas estruturais intermediárias - um novo projeto nacional de desenvolvimento - como caminho e fundamentos táticos que o capacitam a navegar nos tormentosos mares conjunturais.
Diz-se que um fator de enfraquecimento dos partidos políticos no Brasil, no momento presente, é a incorporação de temas setoriais ao seu ideário e à sua prática cotidiana - tais como bandeiras da luta ambientalista, da igualdade racial, do movimento LGBT, da igualdade de gênero e assemelhadas.
Pode ser. Mas no PCdoB, não - nem no seu conteúdo programático, nem em sua orientação tática.
Luciano Siqueira, no portal Vermelho e no Blog do Renato
A fragilidade dos partidos políticos no Brasil não é fenômeno novo, ainda que agora agravada com a onda conservadora – acrescida das denúncias de corrupção - que traz em seu bojo a rejeição aos partidos e à atividade política.
Desde o Império e da República Velha e mesmo após a democratização pós-Estado Novo e do fim da ditadura militar, de 1985 em diante, nunca tivemos no Brasil partidos sólidos. Porque não programáticos, apenas circunstanciais.
Os partidos sempre assumiram feição de mosaico composto por grupos locais e regionais, expressão de interesses segmentados.
O Partido Comunista sempre foi a exceção - mesmo quando na sua primeira quadra, cujo pensamento teórico e político, incipiente, quase que apenas copiava o "programa" da Internacional Comunista.
Assim mesmo, desde sempre procurou constituir como organização de caráter nacional, una, expressão do projeto histórico de uma classe, o proletariado e da perspectiva civilizatória da sociedade brasileira.
Em sua trajetória recente, a partir do 10° Congresso, realizado em 2001, em plena crise da teoria marxista e das experiências socialistas após a débâcle da União Soviética e das democracias populares do Leste europeu, o PCdoB alcançou verdadeiro salto de qualidade em seu descortino teórico e político tático - em que se destaca a centralidade da questão nacional.
A resultante é um Programa partidário lastreado na teoria marxista e consentâneo com as condições atuais da luta pelo socialismo no mundo e com as peculiaridades da sociedade brasileira.
Um programa que firma o socialismo como objetivo, reformas estruturais intermediárias - um novo projeto nacional de desenvolvimento - como caminho e fundamentos táticos que o capacitam a navegar nos tormentosos mares conjunturais.
Diz-se que um fator de enfraquecimento dos partidos políticos no Brasil, no momento presente, é a incorporação de temas setoriais ao seu ideário e à sua prática cotidiana - tais como bandeiras da luta ambientalista, da igualdade racial, do movimento LGBT, da igualdade de gênero e assemelhadas.
Pode ser. Mas no PCdoB, não - nem no seu conteúdo programático, nem em sua orientação tática.
Bandeiras setoriais têm sido corretamente
assimiladas. Traduzem o envolvimento militante em multifacetadas causas que
movimentam parcelas do nosso povo.
Sem entretanto permitir uma superposição destas à espinha dorsal do Programa.
Pressões setorialistas, a partir da base militante, naturalmente existem como fruto da própria inserção do Partido na vida social e nas mais diversas frentes de luta.
Daí a inverterem os sinais na orientação partidária vai uma distância muito grande.
Ao contrário, um fator primordial de fortaleza do PCdoB é justamente seu descortino estratégico e tático - fator decisivo no ambiente de crise e de dispersão ideológica que marca a sociedade brasileira hoje.
Sem entretanto permitir uma superposição destas à espinha dorsal do Programa.
Pressões setorialistas, a partir da base militante, naturalmente existem como fruto da própria inserção do Partido na vida social e nas mais diversas frentes de luta.
Daí a inverterem os sinais na orientação partidária vai uma distância muito grande.
Ao contrário, um fator primordial de fortaleza do PCdoB é justamente seu descortino estratégico e tático - fator decisivo no ambiente de crise e de dispersão ideológica que marca a sociedade brasileira hoje.
Leia mais sobre temas da atualidade:
http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário