Sociedade dos dissensos
Eduardo Bomfim, no Vermelho
No final do
século XX o velho diário londrino The Times publicou o comentário de que “há um
grupo de homens mais ricos, poderosos e influentes do Ocidente que sempre se
reúnem para planejar eventos que, depois, simplesmente acontecem”.
Essas reuniões,
reservadas, podem ter nomes distintos mas agrupam a elite financeira mundial,
em alguns casos com a participação de personalidades de áreas das ciências,
exatas ou humanas, além de magnatas da mídia global.
Esses eventos e
alguns menos importantes, mais abertos, badalados através da grande mídia
internacional, representam o grande poder do capital financeiro.
Eles não são
eleitos por ninguém em canto algum do mundo, mas definem a agenda financeira,
política e social do planeta, à exceção de um reduzido número de Países que
adquiriram condições para ditar suas próprias estratégias geopolíticas e
neutralizar, em parte, as ações da seleta elite global financeira.
Indivíduos, como
o mega especulador George Soros com suas ONGs, a exemplo da Open Society,
difundem com o auxílio da grande mídia global as narrativas econômicas,
financeiras, geopolíticas e sociais que parecem surgir nas sociedades
ocidentais como “fenômenos naturais, espontâneos”.
Mas nada existe
nas sociedades ao acaso, como se fosse uma equivalência à falsa teoria de
Lamarck sobre a geração espontânea de certos animais. Tudo é fruto de
interesses de grupos, de contradições, antagônicas ou não, nos segmentos
sociais ou entre nações.
A hegemonia do
capital rentista passou a exercer o domínio das políticas globais, numa escala
jamais vista, em quase todas as esferas, procurando ditar as agendas que melhor
lhe proveem, utilizando-se sempre do velho jargão imperial “divide et impera”.
O País é alvo
destacado, pelas dimensões continentais, riquezas naturais, econômicas e
população, de tal estratégia, como nas “Primaveras Árabes”, via fragmentação,
“tribalização” dos estratos sociais mais aptos à ação consciente, enquanto o
Brasil real das grandes maiorias dos 210 milhões de indivíduos fica à margem
dos destinos da nação. É a sociedade dos dissensos.
O único antídoto
a essa agenda maligna é a defesa da nação, do seu patrimônio físico, da sua
identidade cultural, através de uma ampla política de união nacional, pela
soberania e o desenvolvimento do Brasil.
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