27 outubro 2017

Temer a serviço de quem?

Truculência
Eduardo Bomfim, na Gazeta de Alagoas

Diz uma colunista da grande mídia hegemônica que a notícia sobre a rejeição da segunda denúncia contra o desacreditado e carcomido presidente Michel Temer foi recebida com enfado na Faria Lima e adjacências, com um testemunho de um de seus representantes: deixe-nos trabalhar em paz, é só isso que queremos.

Ora, mas são os representantes do capital financeiro quem têm conduzido a nau dos insensatos, levando o País ao fundo do poço onde se encontra, associados à grande mídia global, em um frenesi irrefreável, responsáveis pelo non sense reinante nas instituições republicanas onde medíocres como Michel Temer dão as cartas no jogo institucional esquizofrênico que impera no Brasil.

Os senhores do capital especulativo, seus executivos engravatados com ternos, camisas, sapatos importados, de grifes famosas, são os que lucram com essa miséria intelectual e política em que nos encontramos.

O que se traduz das afirmações dos representantes do rentismo é que Temer ultrapassou todos os limites “aceitáveis” de impopularidade para um presidente da República, mesmo sendo um marionete de quinta categoria como ele efetivamente, realmente tem sido.

O País encontra-se à deriva, à mercê do mais predador capital especulativo existente e de um governo cuja pauta é a destruição das mais elementares conquistas trabalhistas adquiridas desde a era de Getúlio Vargas, asseguradas há mais de meio século.

Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu seu primeiro mandato presidencial, declarou que sua grande tarefa era destruir o legado de Getúlio e introduzir o projeto neoliberal no País. Mas as condições políticas, a correlação de forças à época, fizeram com que só conseguisse realizar em parte o seu intento.

A existência desse Temer deve-se à tentativa da entrega descarada dos ativos financeiros, riquezas naturais, destruição dos direitos sociais mesmo em uma sociedade primitivamente civilizada.

É um governo de extrema truculência, a serviço do capital especulativo, elevado ao poder via corporações messiânicas, grande mídia hegemônica, contrários a um projeto de País soberano.

Apesar de 95% de rejeição, em 2018 ele será substituído por um sósia qualquer se não existir ampla união em defesa da Nação, sem exclusivismos táticos eleitorais, desprovidos dos mais elevados interesses nacionais.

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