Manuela: "Ao contrário
de Temer, meu compromisso é com a democracia"
A pré-candidata à Presidência
da República pelo PCdoB, deputada estadual Manuela D´Ávila (RS), cumpre extensa
agenda de compromissos no Recife (PE), onde nesta sexta-feira (23) participou
de debates, encontros e concedeu entrevistas para uma série de veículos no
estado.
Por Dayane Santos, no Vermelho
Por Dayane Santos, no Vermelho
Durante entrevista à Rádio
Jornal, aos jornalistas Wagner Gomes, Fernando Castilho e Igor Maciel,
do Jornal do Commercio, Manuela abordou o tema da segurança pública
e a intervenção imposta pelo governo Michel Temer. Ela também falou sobre a
conjuntura política e a judicialização da política que ameaça a
democracia.
“Eu tenho compromisso com uma saída para a crise que passe pelo fortalecimento da democracia”, afirmou da deputada, que considera que o país enfrenta um momento grave.
“É preciso entender que a saída da turma do Temer para a crise é uma saída antidemocrática”, denunciou. Ela reforça que o golpe contra o mandato da presidenta Dilma foi por suas “qualidades, não pelos seus defeitos”.
“E o povo está vendo isso. Está vendo a reforma trabalhista, a reforma da Previdência. Está vendo a intervenção militar. Está vendo o corte de recursos para a universidades”, frisou a pré-candidata.
Segundo ela, o mercado financeiro trata a eleição como “um detalhe”. “Se o resultado de uma eleição não servir para o mercado, assim como não serviu as medidas de Dilma numa certa feita, cassa, mesmo sem crime de responsabilidade”, enfatizou.
Questionada sobre a crise na segurança pública do pais, Manuela enfatizou que é evidente que a situação financeira dos estados tem um impacto no conjunto de política públicas.
“Mas o tema da segurança no Brasil não pode ser tratado a partir de uma veiculação da crise fiscal dos estados”, disse ela, defendendo a necessidade de tratar o tema com mais centralidade. “É preciso debater soluções mais permanentes para o tema de segurança”, argumentou.
Segundo ela, ao optar por fazer uma intervenção militar, e não política como determina a lei, “Temer cria a ideia de uma Ministério de Segurança provisório. Como assim provisório, se o que o mundo nos mostra das experiências mais bem-sucedidas de combate à violência estruturaram medidas permanentes?”, indagou.
De acordo com a pré-candidata comunista, a questão da segurança pública passa pela necessidade de uma política nacional que promova as ações de inteligência e pela unificação dos procedimentos de polícia, entre outras coisas.
Judicialização - Manuela também abordou a judicialização da política e apontou o quanto essas ações promovidas por setores do Poder Judiciário tem ameaçado o estado democrático de direito.
“Eu sou contra a judicialização da política. Sou contra a judicialização da medicina. Sou contra a judicialização da psicologia, das artes. É isso que nós vivemos. E é muito grave”, asseverou.
Questionada sobre a condenação no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região (Porto Alegre) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Manuela foi enfática: “Nós não defendemos aquilo que nos convém enquanto partido. Defendemos aquilo que achamos justo. Achamos que o julgamento do presidente Lula é político porque não existem provas contra ele”.
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“Eu tenho compromisso com uma saída para a crise que passe pelo fortalecimento da democracia”, afirmou da deputada, que considera que o país enfrenta um momento grave.
“É preciso entender que a saída da turma do Temer para a crise é uma saída antidemocrática”, denunciou. Ela reforça que o golpe contra o mandato da presidenta Dilma foi por suas “qualidades, não pelos seus defeitos”.
“E o povo está vendo isso. Está vendo a reforma trabalhista, a reforma da Previdência. Está vendo a intervenção militar. Está vendo o corte de recursos para a universidades”, frisou a pré-candidata.
Segundo ela, o mercado financeiro trata a eleição como “um detalhe”. “Se o resultado de uma eleição não servir para o mercado, assim como não serviu as medidas de Dilma numa certa feita, cassa, mesmo sem crime de responsabilidade”, enfatizou.
Questionada sobre a crise na segurança pública do pais, Manuela enfatizou que é evidente que a situação financeira dos estados tem um impacto no conjunto de política públicas.
“Mas o tema da segurança no Brasil não pode ser tratado a partir de uma veiculação da crise fiscal dos estados”, disse ela, defendendo a necessidade de tratar o tema com mais centralidade. “É preciso debater soluções mais permanentes para o tema de segurança”, argumentou.
Segundo ela, ao optar por fazer uma intervenção militar, e não política como determina a lei, “Temer cria a ideia de uma Ministério de Segurança provisório. Como assim provisório, se o que o mundo nos mostra das experiências mais bem-sucedidas de combate à violência estruturaram medidas permanentes?”, indagou.
De acordo com a pré-candidata comunista, a questão da segurança pública passa pela necessidade de uma política nacional que promova as ações de inteligência e pela unificação dos procedimentos de polícia, entre outras coisas.
Judicialização - Manuela também abordou a judicialização da política e apontou o quanto essas ações promovidas por setores do Poder Judiciário tem ameaçado o estado democrático de direito.
“Eu sou contra a judicialização da política. Sou contra a judicialização da medicina. Sou contra a judicialização da psicologia, das artes. É isso que nós vivemos. E é muito grave”, asseverou.
Questionada sobre a condenação no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região (Porto Alegre) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Manuela foi enfática: “Nós não defendemos aquilo que nos convém enquanto partido. Defendemos aquilo que achamos justo. Achamos que o julgamento do presidente Lula é político porque não existem provas contra ele”.
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