O agravamento da crise política, econômica e social vivida
no Brasil é consequência direta das medidas perversas implementadas pelo
governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) e apoiadas pelo consórcio golpista. Os
dois anos de governo do atual mandatário colocaram o país à deriva e a beira de
um colapso de graves consequências.
A alta no preço dos combustíveis é o mais novo capítulo do fracasso
das medidas ultraliberais. A
“equipe econômica dos sonhos” do mercado, tem
levado o brasileiro a viver um prolongado pesadelo. Desde a implementação da
malfadada “nova política de preços da Petrobras”, em vigência desde outubro de
2016, o preço do diesel foi reajustado 121 vezes. O aumento do preço atinge
também a gasolina e o gás de cozinha. O botijão de gás de 13kg era
comercializado em média a R$ 50,00 em maio de 2016, hoje passa dos R$70,00 e em
algumas cidades ultrapassa o valor de 100 reais. As consequências são trágicas
e quem paga o preço é o povo, especialmente os mais pobres. No intervalo de
dois anos, segundo dados do IBGE, mais de 1,2 milhão de famílias passaram a
usar lenha para cozinhar.
A atual política de preços implementada pela direção da
Petrobras deixa o país à mercê dos interesses dos grandes acionistas privados,
que buscam a elevação a qualquer custo do valor de mercado da estatal para
atender aos seus próprios interesses, em detrimento do abastecimento de
combustíveis a preços razoáveis, função principal da Petrobras.
Além de abrir mão do controle do preço dos combustíveis o
governo Temer e gestão de Pedro Parente fragilizam a Petrobras a aumentam a
dependência do Brasil para a importação de derivados do petróleo, ao reduzir a
produção das refinarias nacionais. O Brasil tem grande capacidade de produção
de petróleo, mas a política criminosa de Temer e Parente provocou o aumento da
exportação do óleo cru e a elevação da importação de seus derivados.
A greve dos caminhoneiros contra os preços exorbitantes dos
combustíveis expressa uma reivindicação justa e encontra apoio popular. A
lógica fiscalista do atual governo deve ser derrotada, em benefício de uma
solução política e imediata para as reivindicações.
O PCdoB conclama sua militância a um estado de alerta e
mobilização. Nesse momento é imperativo a construção de diálogos entre as
Centrais Sindicais, os sindicatos dos caminhoneiros e as Frentes Brasil Popular
e Povo Sem Medo no sentido de buscar soluções no terreno da mobilização popular
e da democracia política.
Sem apresentar medidas efetivas para atender às
reivindicações e resolver a crise, o governo recorre mais uma vez ao uso da
força, no caso, a das forças armadas, que acabam tendo o seu papel distorcido e
vulgarizado. Isso pode agravar o problema ao invés de soluciona-lo.
Defendemos a revogação da atual política de preços da
Petrobras, a demissão imediata de Pedro Parente da presidência da estatal e o
fim da entrega do pré-sal às multinacionais. Defendemos ainda a retomada nos
investimentos no setor de óleo e gás e especialmente a ampliação da capacidade
de refino dos derivados do petróleo.
Ao mesmo tempo, refirmamos que a saída para atual crise no
Brasil passa pelo fortalecimento da democracia com a garantia da realização de
eleições livres e democráticas, onde o povo possa escolher livremente entre os
candidatos e programas apresentados.
25 de maio de 2018,
Luciana
Santos, presidente nacional do PCdoB
Manuela
d’Ávila, pré-candidata a presidência da República pelo PCdoB
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