Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10 e no Blog do Renato
Abra os jornais — daqui e do Brasil afora — e você verá o registro de um fenômeno tão comum como a farinha de mandioca na feira, mas que a reportagem insiste em considerar estranho: líderes, grupos políticos e partidos que se digladiaram em pleitos passados agora se unem, em função de propósitos comuns.
Além disso, os que agora se juntam quase sempre divergem em relação à disputa pela presidência da República.
Daí a "queixa" de analistas pouco atentos ao processo histórico e às peculiaridades do sistema eleitoral e partidário brasileiro falarem em "incoerência", "falta de compromisso ideológico" e que tais.
Ora, a complexidade da sociedade brasileira — a imensa diversidade regional e intrarregional, sobretudo — sempre influenciou o sistema partidário, a ponto de a própria legislação eleitoral tradicionalmente não vincular coligações nacionais a coligações estaduais.
E, na prática, num leque de mais de trinta agremiações credenciadas legalmente para a disputa, talvez não chegue a meia dúzia as correntes políticas e ideológicas efetivamente representadas.
A esmagadora maioria não assume caráter programático. Flutua ao sabor da conjuntura.
De outra parte, os partidos programáticos são chamados a juntar forças em busca das necessárias maiorias eleitorais.
Onde buscar a coerência, então? Na plataforma (programa) pactuado pelas forças coligadas na presente peleja.
O contrário — alianças despidas de qualquer compromisso —, estas sim, não guardam nenhuma coerência nem merecem credibilidade.
Por isso, quando as alianças se dão sobre a base de compromisso programático focado no objeto da disputa — o governo estadual, por exemplo — não faz sentido reclamar de eventuais novos aliados outrora adversários por posicionamentos assumidos em oportunidades passadas. Como se quem erra na política, a critério de cada um, tivesse que responder com a imolação numa imaginária fogueira para o resto dos tempos, como na Inquisição.
Se Lula tivesse agido assim não teria jamais sido eleito duas vezes presidente da República. O mesmo com Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco à testa de alianças amplas e diversificadas.
Desse modo, com todo respeito aos que se dedicam a noticiar e a analisar o que se passa na cena política, necessário se faz (para a boa informação dos seus leitores, ouvintes e telespectadores) ir mais a fundo na avaliação das atuais composições em construção.
Abra os jornais — daqui e do Brasil afora — e você verá o registro de um fenômeno tão comum como a farinha de mandioca na feira, mas que a reportagem insiste em considerar estranho: líderes, grupos políticos e partidos que se digladiaram em pleitos passados agora se unem, em função de propósitos comuns.
Além disso, os que agora se juntam quase sempre divergem em relação à disputa pela presidência da República.
Daí a "queixa" de analistas pouco atentos ao processo histórico e às peculiaridades do sistema eleitoral e partidário brasileiro falarem em "incoerência", "falta de compromisso ideológico" e que tais.
Ora, a complexidade da sociedade brasileira — a imensa diversidade regional e intrarregional, sobretudo — sempre influenciou o sistema partidário, a ponto de a própria legislação eleitoral tradicionalmente não vincular coligações nacionais a coligações estaduais.
E, na prática, num leque de mais de trinta agremiações credenciadas legalmente para a disputa, talvez não chegue a meia dúzia as correntes políticas e ideológicas efetivamente representadas.
A esmagadora maioria não assume caráter programático. Flutua ao sabor da conjuntura.
De outra parte, os partidos programáticos são chamados a juntar forças em busca das necessárias maiorias eleitorais.
Onde buscar a coerência, então? Na plataforma (programa) pactuado pelas forças coligadas na presente peleja.
O contrário — alianças despidas de qualquer compromisso —, estas sim, não guardam nenhuma coerência nem merecem credibilidade.
Por isso, quando as alianças se dão sobre a base de compromisso programático focado no objeto da disputa — o governo estadual, por exemplo — não faz sentido reclamar de eventuais novos aliados outrora adversários por posicionamentos assumidos em oportunidades passadas. Como se quem erra na política, a critério de cada um, tivesse que responder com a imolação numa imaginária fogueira para o resto dos tempos, como na Inquisição.
Se Lula tivesse agido assim não teria jamais sido eleito duas vezes presidente da República. O mesmo com Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco à testa de alianças amplas e diversificadas.
Desse modo, com todo respeito aos que se dedicam a noticiar e a analisar o que se passa na cena política, necessário se faz (para a boa informação dos seus leitores, ouvintes e telespectadores) ir mais a fundo na avaliação das atuais composições em construção.
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