18 julho 2018

Unir quem e por quê?


Edmário
Tão rara quanto indispensável
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10

"A unidade não é cinza, há de ser sempre multicolor", ensinava o velho dirigente comunista João Amazonas.

Ou seja: cabe unificar o pensamento em torno do essencial e conviver com múltiplas abordagens acerca de um mesmo problema. Respeitando as diferenças.

A realidade é complexa e comporta opiniões definitivas. Até porque tudo está em movimento, sujeito a transformações. 

Então, unir é indispensável — mas não é fácil, sobretudo em tempo de crise estrutural, como o que vivemos no Brasil. 

Basta um olhar superficial no noticiário acerca dos partidos políticos e como se comportam diante do desafio das eleições gerais deste ano — tanto em relação à presidência da República como quanto aos governos estaduais — para constatar que falta às coalizões em formação, como a cada partido internamente a necessária convergência de ideias e intenções.

No espírito da unidade sugerido por Amazonas, o PCdoB se sobressai como um partido nacionalmente uno; preservando a liberdade de depressão entre seus militantes, para que o debate flua permanentemente e possa inclusive aperfeiçoar a unidade alcançada.

Cá na província, recentemente divergências sobre a composição da chapa majoritária do bloco oposicionista liderado pela pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao governo do estado vieram à tona com certa virulência.

Também chama a atenção a disputa que se arrasta no interior do PT, tendo como foco uma candidatura própria ao governo estadual confrontada com a defesa da integração desse partido à Frente Popular.

Muitos outros exemplos podem ser cotejados. 

Tamanha dispersão haverá de se reduzir quando a proposta programática – seja qual for - estiver posta à mesa como elemento em relação ao qual se deva celebrar, ou não, a união de forças.

Vale para a eleição nacional e para a eleição local — e para todas as coalizões partidárias.

A correlação de forças na busca do voto será em grande parte determinada pela boa ou má resposta que as candidaturas majoritárias venham a dar à questão "quem se une a aquém e com que propósito?"

Chegou a hora das definições.

Leia mais sobre temas da atualidade: https://bit.ly/2Jl5xwF e acesse o canal ‘Luciano Siqueira opina’, no YouTube https://bit.ly/2ssRlvd

Nenhum comentário:

Postar um comentário