Eleição sueca é bombardeada
por Fake News
Segundo estudo da Universidade de Oxford, a disputa
que teve uma notícia falsa compartilhada no Twitter para cada duas reais
CartaCapital
A eleição geral na Suécia,
realizada em 9 de setembro, registrou a maior proporção de compartilhamento
de Fake News no Twitter entre todas as disputas europeias
recentes analisadas pelo Projeto de Propaganda Computacional da Universidade de
Oxford (COMPROP), no Reino Unido.
O bloco dos Social Democratas, Verdes e da esquerda alcançou 40,7% dos votos, contra os 40,3% da aliança de centro-direita. Os Democratas da Suécia, partido com raízes neo-nazistas, tiveram o seu melhor resultado da história, com 17,5%.
O COMPROP, grupo que investiga como algoritmos e automação são utilizados nas redes sociais para manipular a população, utiliza o termo junk news (notícias lixo, em tradução livre) para se referir às Fake News.
A proporção de notícias profissionais para junk news compartilhadas no Twitter sueco durante a eleição geral foi de aproximadamente 2 por 1. Isso significa que para cada duas notícias de fontes críveis compartilhadas, uma junk news também foi espalhada.
Conteúdos rotulados como polarizadores e conspiratórios somaram 22% da amostra, atrás apenas da categoria de material jornalístico profissional (52%).
O estudo examinou tweets e compartilhamento de notícias na plataforma entre 8 e 17 de agosto de 2018. Ao todo, quase 275 mil tweets de cerca de 41,4 mil usuários únicos foram analisados, incluindo “uma combinação de hashtags de partidos políticos relevantes, hashtags específicas de eleições e handles para partidos individuais, líderes partidários e suas organizações juvenis”.
Na comparação com outros países, o consumo de junk news na eleição sueca foi tão elevado quanto na disputa presidencial dos EUA em 2016. Levantamentos semelhantes do COMPROP em eleições recentes na Europa mostraram um consumo significativamente menor deste tipo de informação: Alemanha, 4 por 1, Reino Unido, 5 por 1, e França, 7 a 1.
Desta forma, argumentam os pesquisadores, as junk news “contribuíram substancialmente para o debate em torno da eleição geral sueca”. Segundo o estudo, entre as dez fontes de junk news mais compartilhadas, oito eram suecas e apenas 0,2% tinha origem russa.
Os sites mais compartilhados (Samhällsnytt, Nyheteridag e Fria Tider) foram responsáveis por 86% de todas as falsas notícias compartilhadas na amostra. Esses portais imitam o visual e a linguagem jornalística de sites profissionais de notícias, o que aumenta a probabilidade de serem interpretados como fontes legítimas de informação.
O estudo destaca ainda que os resultados são consistentes com aqueles da Agência de Pesquisa de Defesa Sueca, que também analisou o impacto da propaganda computacional nas eleições. O órgão descobriu que bots automatizados compartilharam URLs de sites de notícias falsas como Samhällsnytt e Fria Tider com mais frequência que contas regulares.
A Suécia lançou diversas iniciativas em 2017 para prevenir e combater a influência da propaganda computacional na eleição geral, inclusive criando uma autoridade pública encarregada de combater a desinformação.
O bloco dos Social Democratas, Verdes e da esquerda alcançou 40,7% dos votos, contra os 40,3% da aliança de centro-direita. Os Democratas da Suécia, partido com raízes neo-nazistas, tiveram o seu melhor resultado da história, com 17,5%.
O COMPROP, grupo que investiga como algoritmos e automação são utilizados nas redes sociais para manipular a população, utiliza o termo junk news (notícias lixo, em tradução livre) para se referir às Fake News.
A proporção de notícias profissionais para junk news compartilhadas no Twitter sueco durante a eleição geral foi de aproximadamente 2 por 1. Isso significa que para cada duas notícias de fontes críveis compartilhadas, uma junk news também foi espalhada.
Conteúdos rotulados como polarizadores e conspiratórios somaram 22% da amostra, atrás apenas da categoria de material jornalístico profissional (52%).
O estudo examinou tweets e compartilhamento de notícias na plataforma entre 8 e 17 de agosto de 2018. Ao todo, quase 275 mil tweets de cerca de 41,4 mil usuários únicos foram analisados, incluindo “uma combinação de hashtags de partidos políticos relevantes, hashtags específicas de eleições e handles para partidos individuais, líderes partidários e suas organizações juvenis”.
Na comparação com outros países, o consumo de junk news na eleição sueca foi tão elevado quanto na disputa presidencial dos EUA em 2016. Levantamentos semelhantes do COMPROP em eleições recentes na Europa mostraram um consumo significativamente menor deste tipo de informação: Alemanha, 4 por 1, Reino Unido, 5 por 1, e França, 7 a 1.
Desta forma, argumentam os pesquisadores, as junk news “contribuíram substancialmente para o debate em torno da eleição geral sueca”. Segundo o estudo, entre as dez fontes de junk news mais compartilhadas, oito eram suecas e apenas 0,2% tinha origem russa.
Os sites mais compartilhados (Samhällsnytt, Nyheteridag e Fria Tider) foram responsáveis por 86% de todas as falsas notícias compartilhadas na amostra. Esses portais imitam o visual e a linguagem jornalística de sites profissionais de notícias, o que aumenta a probabilidade de serem interpretados como fontes legítimas de informação.
O estudo destaca ainda que os resultados são consistentes com aqueles da Agência de Pesquisa de Defesa Sueca, que também analisou o impacto da propaganda computacional nas eleições. O órgão descobriu que bots automatizados compartilharam URLs de sites de notícias falsas como Samhällsnytt e Fria Tider com mais frequência que contas regulares.
A Suécia lançou diversas iniciativas em 2017 para prevenir e combater a influência da propaganda computacional na eleição geral, inclusive criando uma autoridade pública encarregada de combater a desinformação.
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