Dois
“extremos” no segundo turno, quem diria?
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Quem não desconhece o valor da investigação científica há de reconhecer a importância das pesquisas eleitorais.
Dizem que ano a ano se aperfeiçoam, aprimorando a metodologia. Tanto que amostragens aparentemente pequenas ao olhar do leigo, são consideradas válidas pelos especialistas — e, de fato, assim se comprovam.
Mas nem sempre captam as tendências em sua plenitude. Sobretudo aquelas que inicialmente não se apresentam com nitidez.
Daí o espaço para especulações ilimitadas, ao sabor da vontade subjetiva de quem as faz.
Analistas políticos de vários matizes, incluindo alguns do mundo acadêmico, há meses atrás afirmavam - com base em pesquisas e com aparente convicção - que este pleito presidencial seria a oportunidade de uma candidatura de centro, ou que assim parecesse.
A busca de um outsider que se apresentasse como "novo" e à margem das instituições partidárias vigentes foi uma aposta que perdurou por meses a fio. O Mercado e o complexo midiático se empenharam à exaustão nesse sentido.
Sem êxito, a opção que ficou, por exclusão, foi o anódino Geraldo Alckmin, ex-governador tucano de São Paulo.
Alckmin, na essência de direita e comprometido até a medula com a agenda neoliberal regressiva ora encetada por Temer, é apresentado como centrista.
O mesmo se dá com Marina Silva, Henrique Meireles, Álvaro Dias e João Amoêdo.
Cinco candidaturas que, junto com a do capitão Bolsonaro e a julgar pela essência dos programas econômicos que sustentam, formam o sexteto ultraliberal.
Mas a sociedade brasileira — e, por conseguinte, o eleitorado — se encontra polarizada, sem espaço para uma alternativa que se mostre meio termo entre a direita e a esquerda (esta representada principalmente pelas candidaturas de Haddad e de Ciro).
Bem dizia Karl Marx que não haveria necessidade da ciência se a essência correspondesse às aparências.
Eis que agora, acumuladas sucessivas pesquisas feitas por três ou quatro institutos, mediante metodologia semelhante, o que aparecia como centro derreteu, incluindo a incolor e inodora Marina Silva.
Se não ocorrer um tsunami político antes do dia 7, teremos um segundo turno entre o candidato assumidamente de extrema direita, Bolsonaro, e o indicado por Lula, Fernando Haddad, de esquerda.
Não são duas candidaturas “extremadas”, como a propaganda de Alckmin e a dos seus semelhantes alardeiam.
O programa de Fernando Haddad está muito longe de ser uma proposta da extrema esquerda.
Mas são, sim, dois projetos de Nação diametralmente opostos.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Quem não desconhece o valor da investigação científica há de reconhecer a importância das pesquisas eleitorais.
Dizem que ano a ano se aperfeiçoam, aprimorando a metodologia. Tanto que amostragens aparentemente pequenas ao olhar do leigo, são consideradas válidas pelos especialistas — e, de fato, assim se comprovam.
Mas nem sempre captam as tendências em sua plenitude. Sobretudo aquelas que inicialmente não se apresentam com nitidez.
Daí o espaço para especulações ilimitadas, ao sabor da vontade subjetiva de quem as faz.
Analistas políticos de vários matizes, incluindo alguns do mundo acadêmico, há meses atrás afirmavam - com base em pesquisas e com aparente convicção - que este pleito presidencial seria a oportunidade de uma candidatura de centro, ou que assim parecesse.
A busca de um outsider que se apresentasse como "novo" e à margem das instituições partidárias vigentes foi uma aposta que perdurou por meses a fio. O Mercado e o complexo midiático se empenharam à exaustão nesse sentido.
Sem êxito, a opção que ficou, por exclusão, foi o anódino Geraldo Alckmin, ex-governador tucano de São Paulo.
Alckmin, na essência de direita e comprometido até a medula com a agenda neoliberal regressiva ora encetada por Temer, é apresentado como centrista.
O mesmo se dá com Marina Silva, Henrique Meireles, Álvaro Dias e João Amoêdo.
Cinco candidaturas que, junto com a do capitão Bolsonaro e a julgar pela essência dos programas econômicos que sustentam, formam o sexteto ultraliberal.
Mas a sociedade brasileira — e, por conseguinte, o eleitorado — se encontra polarizada, sem espaço para uma alternativa que se mostre meio termo entre a direita e a esquerda (esta representada principalmente pelas candidaturas de Haddad e de Ciro).
Bem dizia Karl Marx que não haveria necessidade da ciência se a essência correspondesse às aparências.
Eis que agora, acumuladas sucessivas pesquisas feitas por três ou quatro institutos, mediante metodologia semelhante, o que aparecia como centro derreteu, incluindo a incolor e inodora Marina Silva.
Se não ocorrer um tsunami político antes do dia 7, teremos um segundo turno entre o candidato assumidamente de extrema direita, Bolsonaro, e o indicado por Lula, Fernando Haddad, de esquerda.
Não são duas candidaturas “extremadas”, como a propaganda de Alckmin e a dos seus semelhantes alardeiam.
O programa de Fernando Haddad está muito longe de ser uma proposta da extrema esquerda.
Mas são, sim, dois projetos de Nação diametralmente opostos.
Acesse o canal ‘Luciano Siqueira opina’, no YouTube https://bit.ly/2KURJOl
Nenhum comentário:
Postar um comentário