Ben Nicholson
PRIMEIRO DE MAIO, DOIS SINAIS
Luciano Siqueira
Um, muito positivo. A participação unitária das centrais sindicais nas comemorações de ontem.
Nada consolidado, porém um passo importante — seja pelo sentido estratégico na resistência ao ultraliberalismo que o governo tenta impor, a rejeição à reforma da Previdência; seja pela capacidade de convivência, em certa medida, com notórias divergências de fundo que fracionam o movimento sindical.
A convergência de opiniões e vontades num cenário tão complexo e ideologicamente confuso, como o que vivemos hoje no Brasil, não é algo simples. Sempre há que contornar a disputa pela hegemonia do movimento — uma componente natural, com a qual é possível conviver, desde que não colocada, a ferro e fogo, acima dos interesses comuns.
Nos atos públicos de ontem, a proclamação de uma greve geral para o dia 14 de junho reflete elevação do nível da luta.
*
Dois, muito negativo. O presidente Jair Bolsonaro, após anunciar que teria algo importante a dizer aos trabalhadores em sua data comemorativa, não passou de generalidades e de um patético pedido de “paciência”, cuja essência está na guerra contra direitos fundamentais sob a falácia de que tais direitos estariam superados e seriam um empecilho à retomada do crescimento econômico.
Nem se pode dizer, nesse caso, o jargão “a montanha pariu um rato“. O presidente neofascista, alçado ao governo central da República sob condições anormais, não passa de um “acidente geográfico“ desprezível.
Cumpre o triste papel de fantoche dos Estados Unidos da América do Norte e de operador dos interesses do mercado financeiro. Nada tem a dizer aos trabalhadores.
*
Os dois fatos configuram a explicitação clara de interesses de classes antagônicos, permeada por uma correlação de forças momentaneamente adversa aos que sobrevivem do trabalho, mas que pode se alterar se prevalecer nas oposições o sinal de unidade das centrais sindicais nas comemorações de ontem.
Luciano Siqueira
Um, muito positivo. A participação unitária das centrais sindicais nas comemorações de ontem.
Nada consolidado, porém um passo importante — seja pelo sentido estratégico na resistência ao ultraliberalismo que o governo tenta impor, a rejeição à reforma da Previdência; seja pela capacidade de convivência, em certa medida, com notórias divergências de fundo que fracionam o movimento sindical.
A convergência de opiniões e vontades num cenário tão complexo e ideologicamente confuso, como o que vivemos hoje no Brasil, não é algo simples. Sempre há que contornar a disputa pela hegemonia do movimento — uma componente natural, com a qual é possível conviver, desde que não colocada, a ferro e fogo, acima dos interesses comuns.
Nos atos públicos de ontem, a proclamação de uma greve geral para o dia 14 de junho reflete elevação do nível da luta.
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Dois, muito negativo. O presidente Jair Bolsonaro, após anunciar que teria algo importante a dizer aos trabalhadores em sua data comemorativa, não passou de generalidades e de um patético pedido de “paciência”, cuja essência está na guerra contra direitos fundamentais sob a falácia de que tais direitos estariam superados e seriam um empecilho à retomada do crescimento econômico.
Nem se pode dizer, nesse caso, o jargão “a montanha pariu um rato“. O presidente neofascista, alçado ao governo central da República sob condições anormais, não passa de um “acidente geográfico“ desprezível.
Cumpre o triste papel de fantoche dos Estados Unidos da América do Norte e de operador dos interesses do mercado financeiro. Nada tem a dizer aos trabalhadores.
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Os dois fatos configuram a explicitação clara de interesses de classes antagônicos, permeada por uma correlação de forças momentaneamente adversa aos que sobrevivem do trabalho, mas que pode se alterar se prevalecer nas oposições o sinal de unidade das centrais sindicais nas comemorações de ontem.
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