Caso Moro-Dellangnol afeta Bolsonaro
Luciano
Siqueira
Apesar dos esforços do ex-juiz e do procurador –
ambos no foco das revelações do The Intercept Brasil -, que tentam minimizar o
teor das mensagens, e do modo brando como a grande mídia inicialmente se
comporta, as repercussões do caso assumem dimensão difícil de controlar.
E afetam o próprio presidente Bolsonaro,
diretamente ben3ficiado pela ação do conluio Moro-Dallangol no último pleito.
Duas informações veiculadas pela Folha de S.
Paulo merecem atenção.
Uma: o clima inicialmente favorável, que pode
crescer, tanto no Senado como na Câmara, em favor de uma CPI para apurar o
caso.
Outra: no círculo do presidente, a ordem seria
se afastar de atos pregressos de Moro e, desse modo, o ministro teria que se
virar por si mesmo.
Tanto que
o presidente tem evitado defender o ministro, deixando a tarefa a seus filhos.
O fato
é que o escândalo lança mais luz sobre o cenário anormalmente contaminado em
que o capitão se elegeu presidente e a falsa aura de combate à corrupção.
Agora
nas emissoras de rádio, se ouviu do vice-presidente Mourão uma defesa tímida e
fria, podendo isso significar que a ala militar do governo estaria relutando em
defender o ministro da Justiça.
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