17 julho 2019

O "calo" de sempre


Partidos pra quê?
Luciano Siqueira

Os partidos que estudam a expulsão de parlamentares favoráveis à reforma da Previdência Social terão de escolher, na prática, entre perder relevância numérica e perder consistência programática”, assinala editorial da Folha de S. Paulo.

Em seguida, argúi com riscos de perda de parte do fundo partidário e os efeitos da fragmentação de legendas hoje representadas no Congresso Nacional – nada menos que vinte e seis!

E não há tantas correntes de opinião assim na sociedade brasileira.

O que denota interesses outros na acomodação deste ou daquele parlamentar em determinadas legendas.

Compromissos programáticos dão lugar a projetos pessoais circunstanciais.

E o parlamento fica, assim, privado, de funcionar como caixa de ressonância das correntes de pensamento que efetivamente pesam na sociedade.

Vale dizer, perde o processo democrático.

Tanto que o maior “partido” hoje na Câmara é o chamado “centrão”, aglomerado de parlamentares de diversas legendas, de inclina de centro-direita.

Desse modo, uma vez mais, fica evidente a falta que faz uma reforma política que efetivamente reforce a prática democrática e fortaleça partidos programáticos.

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