Risco de solução insconstitucional
Luciano Siqueira
Em plena crise sanitária e econômica, cujas proporções ainda não se consegue prever com exatidão, o governo do presidente Jair Bolsonaro gira em torno de si mesmo e se revela a cada dia de uma fragilidade crescente.
Claro que permeia a crise a luta política, dado de realidade presente em qualquer situação.
Antes do novo coronavírus o país já afundava num impasse econômico, que se previa prolongado, em razão das políticas de cunho ultraliberal absolutamente discrepantes das necessidades da nação e do povo.
Entretanto, decretado pela OMS o estado de pandemia e o tamanho da desgraça confirmado mundo afora, Bolsonaro se posicionou conscientemente na contramão — inspirado inicialmente no norte-americano Trump (que posteriormente mudou de posição ao ver os EUA se converterem em epicentro da doença).
Isto pagando um preço político elevado, conforme se tem constatado em repetidas pesquisas.
Mas o chamado “núcleo do ódio”, constituído por seus filhos e agregados, segue incentivando o chefe em seus desvarios.
O objetivo é tosco: livrar-se da responsabilidade pelo desastre econômico e social que tende a ser tsunâmico.
Ou seja, contrariando a OMS, a unanimidade científica e técnica e o bom senso, contrapõe um exótico “isolamento vertical” ao isolamento social que vem sendo adotado. Sempre em nome de uma falsa luta pelo emprego.
Consta que essa arriscada aposta encontra um paredão de resistência dentro do próprio governo, que congregaria ministros militares e outros, por enquanto capaz de adiar a demissão do ultra direitista ministro da Saúde Mandetta, contraditoriamente alçado à condição de referência nacional.
De quebra, queima como fogo de monturo o conflito federativo, pondo em campos opostos governos estaduais e a presidência da República.
Tudo conflui, assim, para acentuada fragilidade do presidente — por si mesma inquietante, seja porque prejudica a grande batalha imediata pela vida, seja pelo risco de afastamento do presidente por via inconstitucional.
Em certo sentido, a hora é da luta pela vida, não exatamente da luta política. Mas essa existe e se desenrola a despeito de tudo. Toda atenção é pouca.
Luciano Siqueira
Em plena crise sanitária e econômica, cujas proporções ainda não se consegue prever com exatidão, o governo do presidente Jair Bolsonaro gira em torno de si mesmo e se revela a cada dia de uma fragilidade crescente.
Claro que permeia a crise a luta política, dado de realidade presente em qualquer situação.
Antes do novo coronavírus o país já afundava num impasse econômico, que se previa prolongado, em razão das políticas de cunho ultraliberal absolutamente discrepantes das necessidades da nação e do povo.
Entretanto, decretado pela OMS o estado de pandemia e o tamanho da desgraça confirmado mundo afora, Bolsonaro se posicionou conscientemente na contramão — inspirado inicialmente no norte-americano Trump (que posteriormente mudou de posição ao ver os EUA se converterem em epicentro da doença).
Isto pagando um preço político elevado, conforme se tem constatado em repetidas pesquisas.
Mas o chamado “núcleo do ódio”, constituído por seus filhos e agregados, segue incentivando o chefe em seus desvarios.
O objetivo é tosco: livrar-se da responsabilidade pelo desastre econômico e social que tende a ser tsunâmico.
Ou seja, contrariando a OMS, a unanimidade científica e técnica e o bom senso, contrapõe um exótico “isolamento vertical” ao isolamento social que vem sendo adotado. Sempre em nome de uma falsa luta pelo emprego.
Consta que essa arriscada aposta encontra um paredão de resistência dentro do próprio governo, que congregaria ministros militares e outros, por enquanto capaz de adiar a demissão do ultra direitista ministro da Saúde Mandetta, contraditoriamente alçado à condição de referência nacional.
De quebra, queima como fogo de monturo o conflito federativo, pondo em campos opostos governos estaduais e a presidência da República.
Tudo conflui, assim, para acentuada fragilidade do presidente — por si mesma inquietante, seja porque prejudica a grande batalha imediata pela vida, seja pelo risco de afastamento do presidente por via inconstitucional.
Em certo sentido, a hora é da luta pela vida, não exatamente da luta política. Mas essa existe e se desenrola a despeito de tudo. Toda atenção é pouca.
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