Ressurreição
Chico de Assis
Quantas
pedras no caminho.
Preciso removê-las todas.
Nos altos nos baixos
nos saltos da memória.
Desmemoriado estava.
E por isso passava
o tempo descrente
se um dia voltava.
Mas voltei.
Depois do cansaço
alquebrado de corpo
desnutrido de alma.
Foram tantas andanças
perdido em lembranças
que o vento levou
e o tempo desterrou.
Agora só pedras
me desafiam a achar
“o caminho das pedras”
num verso lapidar.
Que me leve a decifrar
as sombrias veredas
do viver perigoso
no enigma de amar.
Preciso removê-las todas.
Nos altos nos baixos
nos saltos da memória.
Desmemoriado estava.
E por isso passava
o tempo descrente
se um dia voltava.
Mas voltei.
Depois do cansaço
alquebrado de corpo
desnutrido de alma.
Foram tantas andanças
perdido em lembranças
que o vento levou
e o tempo desterrou.
Agora só pedras
me desafiam a achar
“o caminho das pedras”
num verso lapidar.
Que me leve a decifrar
as sombrias veredas
do viver perigoso
no enigma de amar.
(Nota do autor: Com esse poema, dou início à semana que assinala o
cinquentenário da minha prisão política, ocorrida em 16 de julho de 1970.
Tentarei marcar — cada dia no transcurso dela — com um poema que lembre o fato,
sem dúvida marcante em minha história pessoal e política!)
[Ilustração: Farnese de Andrade]
A vida pede muitos encontros e muitas realizações https://bit.ly/2XypaLe
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