07 agosto 2020

Escalada do desastre


Corrupção, mortes e mentira: as marcas de Bolsonaro
Isaac Cassimiro*


Em um ano e sete meses no poder o governo Bolsonaro já demonstrou a que veio. Seu governo é a reprodução clara de seus 28 anos como deputado federal. Ele compôs o governo com os mesmos grupos que o apoiaram quando deputado: milicianos, militares e a banca nacional. É verdade que agora ele acrescentou na composição do governo os representantes de Trump, mais nada que alterem na essência suas concepções antinacionais, antiéticas e antidemocráticas.
Nesse período o patrimônio nacional está sendo doado aos grandes bancos sócios de Paulo Guedes, o estado esta sendo usado para proteger seus filhos e amigos, a economia abandonada à própria sorte com o total descaso com a proteção do emprego e renda da população, a saúde foi rebaixada a um hospital de campanha com um ministro que tem como único objetivo estimular a comercialização de um remédio cujo dono do laboratório que o produz é amigo do presidente, e achando pouco, Bolsonaro usa os funcionários do estado para proteger um grupo que se especializou em divulgar mentiras.
Nunca o desvio dos recursos públicos foi realizado nessa magnitude. A distribuição das ações da BR DISTRIBUIDORA, a venda da carteira de crédito do banco do Brasil sem concorrência para o banco fundado por Paulo Guedes por um décimo do valor, a destruição da Petrobrás, a morte de mais de 93 mil pessoas pelo coronavírus e o compromisso de Bolsonaro em defender um grupo de pessoas especialistas em criar mentiras atestam que ele não é só o pior presidente da historia do Brasil, mas que os privilegiados que o apóiam e o ajudam a destruir o país faliram como expressão de uma sociedade civilizada. Esse grupo mostrou que não consegue conviver em uma sociedade cujos pilares são trabalho, ética, solidariedade, respeito e união. Para esse grupo o saque do patrimônio nacional, a destruição da nação e a morte de parte de povo não têm nada a ver com eles. Para eles a ostentação e o dinheiro são o que interessa.
O aumento das desigualdades da concentração de renda, autoritarismo, abandono do povo e a corrupção são fatos hoje, após 19 meses de governo, que constituem as principais marcas desse governo.
O desafio é a construção de uma frente ampla de salvação nacional para interromper essa destruição e iniciar o mais rápido possível a reconstrução de uma sociedade civilizada. Isso só será possível com um movimento que agregue amplas forças políticas, econômicas e sociais que tenha como compromisso a restauração da vida, da democracia, da ética e da nação e seja capaz de barrar o ódio, a mentira, a corrupção e o desprezo pela vida.
*Isaac Cassimiro é economista e mestre em Gestão em Desenvolvimento Local

Veja: Além de incompetente, prepotente e vaidoso https://bit.ly/3gmoEa7

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