O dilema do dilema das redes: a internet é o ópio do povo
Mauro Iasi faz uma leitura marxista do novo
documentário da Netflix sobre as engrenagens perversas das redes sociais
Mauro Iasi, Carta Maior
“O capital tem que ser crisálida por um tempo antes de poder
voar como borboleta”
KARL MARX, GRUNDRISSE, p. 453.
O dilema do documentário O dilema das redes (2020) é muito comum em documentários deste tipo. Nos apresentam uma série de dados, fatos e denúncias – todos muito preocupantes – mas lhes faltam categorias de análise para compreender a questão que denunciam. Podemos ver tal problema em bons documentários, como Uma verdade inconveniente (dirigido por Davis Guggenheim e apresentado por Al Gore, 2006) ou mesmo no brasileiro Democracia em vertigem (dir. Petra Costa, 2019).
Antes de tudo é preciso dizer que um bom documentário pode
contribuir com uma denúncia ou registro histórico – e isso já é bastante
importante. Portanto, não se trata de desmerecer a função ou a qualidade do
filme. Nosso ponto é que ficamos com uma inevitável certa sensação de espanto:
“nossa vejam só o que tem por trás de nosso simples lanche nesta rede de fastfood”, “nossa, estamos destruindo a natureza”, ou, “quem diria,
não sabia que na Segunda Guerra Mundial os comunistas foram decisivos para
derrotar o nazismo”, ou ainda, “puxa vida, comprei um conjunto completo de
pesca e odeio pescar!” Um bom exemplo disso é o documentário Sicko: SOS Saúde (2008), do excelente Michael Moore, que depois de expor
um grande e preciso painel sobre diferentes tipos de sistemas públicos de saúde
comparados à tragédia estadunidense, termina concluindo que os EUA são um
exemplo de princípios para o mundo.
No caso particular de O dilema das redes ocorre o
mesmo. É, sem dúvida, muito importante a denúncia vinda de empresários do
setor, que lucraram muito criando as empresas digitais que monopolizam as
redes, a revelação de seu funcionamento e a denúncia sobre os preocupantes
efeitos sobre as pessoas e sua perniciosa influência em processos políticos.
Uma espécie de crise de consciência bem-vinda e algumas informações muito
relevantes. Mas o que nos chama a atenção é que os envolvidos, via de regra,
parecem não entender exatamente no que estão envolvidos como protagonistas. E
isso acaba desaguando na aparente ingenuidade das propostas para enfrentar o
problema.
Podemos resumir esse horizonte das propostas em duas
direções, que ao meu ver se aproximam na mesma incompreensão. A saber: submeter
as grandes corporações digitais à algum tipo de controle, ou boicotá-las e se
retirar das redes.
Então, vamos lá. O primeiro aspecto a ressaltar é que a crise
ética dos protagonistas é fundada na premissa que acreditavam estar fazendo
algo inovador e profundamente positivo, quando se viram envolvidos em
interesses e direções profundamente manipulatórios. Aqui se reapresenta uma
conhecida dimensão sobre o uso da tecnologia, que em si mesma seria neutra,
podendo portanto ser usada igualmente para o bem ou para o mal. A operação
desloca, assim, o problema para a dimensão ética. Todos estavam empenhados em
desenvolver uma “ferramenta” (o termo é importante, como veremos) que seria
capaz de integrar as pessoas – encontrar parentes e amigos distantes, transpor
barreiras permitindo a manifestação de emoções ou preocupações por meio de
mensagens, vídeos e outros meios etc. – mas se viram enredados numa rede cuja
finalidade era prender a atenção e servir de plataforma de marketing.
Uma das entrevistadas, Cath O’neil (PhD em ciências da
informação), resume os interesses da seguinte maneira: “algoritmos são opiniões
embutidas em códigos” que buscam certo objetivo “por interesse comercial,
normalmente é por lucro”. Essa porém não é propriamente a surpresa dos
envolvidos, uma vez que todos sabiam que se tratavam de empresas que visavam
lucro – sua consciência imediata simplesmente racionalizava de uma forma muito
conhecida, a saber: “tudo bem que eles queiram lucros desde que alcancem
fazendo algo bom para todos”. É evidente que são empresas – portanto, não são
exatamente “ferramentas” –, empresas que querem lucros e que os conseguem numa
dimensão assombrosa. E é aqui que a discussão fica interessante: o que vendem,
qual é o produto?
A resposta do documentário é simples: nós. De forma correta o documentário afasta a resposta simples
que o produto seja a venda dos dados capturados pelas plataformas digitais,
ainda que este seja um subproduto possível. Ao que parece, contudo, as empresas
funcionam, trocando em miúdos, prendendo a atenção do usuário para que assim,
através de algoritmos, possa mapear comportamentos e padrões que sirvam para
dirigir a oferta de produtos com um grau alto de certeza de consumo. Um dos
entrevistados resume exatamente assim: o produto vendido é “certeza”.
Aqui, também, não chegamos ainda no cerne da surpresa, nem no
âmago do dilema ético. Todos ali eram protagonistas de empresas que, segundo
imaginavam, prestava um serviço relevante e inovador e que precisavam se
financiar, ou nos termos de Tim Kendall (ex-executivo do Facebook), “monetizar”
as atividades, como vimos, para ter lucros. O problema parece ser que ao buscar
esses objetivos, as redes passaram a fazer algo além do que simplesmente mapear
comportamentos e perfis: passaram a ativamente interferir e induzir
comportamentos numa determinada direção – daí a dimensão de manipulação e o
dilema ético envolvido.
A primeira questão (que como veremos fica em grande medida
sem resposta terminado o filme) é a seguinte: por que prevaleceu a intenção da
manipulação sobre as boas intenções de seus criadores? Digo em grande medida pois no fundo há uma resposta. Para os criadores do
documentário, os algoritmos uma vez criados passam a funcionar sem a
interferência direta de seus criadores e executores, algo próximo da chamada
inteligência artificial ou educação de máquina. Os entrevistados chegam a
firmar que a grande maioria dos envolvidos não têm ideia de como realmente
funcionam os programas que eles instalam e desenvolvem.
Veja, para nós que nos servimos de categorias da crítica da
economia política, não podemos deixar de olhar com certa condescendência para
pessoas extremamente inteligentes e competentes em suas áreas que desconhecem
por completo alguns elementos fundantes do mundo em que vivem. Precisaríamos
começar pela afirmação que estamos todos inseridos numa divisão sociotécnica do
trabalho, uma divisão na qual prevalece a fragmentação de funções
especializadas e a cooperação do trabalho, de forma que o produto total resulta
da incidência de vários trabalhos particulares e que foge a compreensão dos
sujeitos envolvidos. Isso para não falar em algo constitutivo do mundo das
mercadorias, levados ao máximo sobre o capital, que é o fetichismo da mercadoria e sua
inevitável correspondente na reificação.
O documentário assim nos comunica, em tons alarmantes de
denúncia, que os seres humanos assumiram a forma de mercadorias, se
coisificaram! Neste momento, um alemão barbudo, com cabelos desengrenados,
levanta os olhos em meados do século XIX de um manuscrito escrito com pena e
tinta e diz: “Du weißt nichts, unschuldig” (mais ou menos: “sabe nada inocente”).
Voltemos à constatação central: somos o produto, aprisionada
nossa atenção através de métodos neurolinguísticos mais avançados, computados
os dados por poderosos computadores e algoritmos sofisticados que resultam no
mapeamento e indução de perfis e comportamentos para dirigir com alto grau de
certeza os produtos a serem anunciados.
O grau de tecnologia envolvido é assustador. Um dos dados
apresentados pelo product manager da poderosa NVIDIA é que de 1960 pra cá o poder de
processamento aumentou em um trilhão de vezes. Podemos imaginar os custos
envolvidos. Daí a questão central: quem paga? Nós, os produtos, não pagamos
pelo suposto serviço de aprisionar nossa atenção. As empresas ganham muito
dinheiro, a Google teve um faturamento de 29,3 bilhões de dólares em 2010 e o
Facebook cerca de 11,4 bilhões em 2018. Portanto, alguém pagou.
Há um sujeito oculto nessa trama. Mas, para trazê-lo à luz
temos que afastar inicialmente um ruído. Essas montanhas de lucro acumulados
por estas empresas (Google, Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Tik Tok,
Pinterest, LinkedIn, etc.) não são gerados por elas. Aqui a categoria da
crítica da economia política central é a de valor. Qualquer um que queira
entender nosso mundo sem a categoria de valor se assemelha a um navegador que
se aventurou em mares tenebrosos desprovido de um bússola.
Por mais sofisticados que sejam os empreendimentos, por mais
que os seus protagonistas, jovens que acumularam fortunas em tenra idade que
somados todos nós juntos não acumularíamos no espaço de uma vida (notem um
certo ressentimento de um funcionário público prestes a se aposentar), se
mostrem espantados e desconcertados eticamente, as empresas citadas são uma
manifestação moderna e inovadora de uma empresa publicitária – mas
precisamente, uma empresa utilizada por empresas publicitárias para veicular
anúncios. As empresas publicitarias costumavam ter departamentos inteiros de
pesquisa que procuravam os famosos “nichos de mercado” e depois pensavam em
veículos nos quais comunicar a mensagem do produto (jornal impresso, revista,
rádio, outdoor, televisão, etc.). Qualquer um do mundo da propaganda sabe
que não adianta anunciar remédios contra a impotência no horário em que
criancinhas estão assistindo desenho animado ou brinquedinhos de encaixar para
velhinhos assistindo telenovela. O princípio é o mesmo: prender nossa atenção
com desenhos, novelas, noticiários e empurrar mercadorias.
No velho mundo da propaganda também tinha manipulação,
indução de comportamento, modelagem de valores, criação de necessidades e tudo
o mais. Toda as reflexões sobre indústria cultural da Escola de Frankfurt e a
tese lukácsiana sobre a manipulação, são anteriores ao boom dos computadores e das redes. Evidente que alcançamos
uma dimensão maior, mas o princípio envolvido parece-me o mesmo.
Considerada por este ângulo, estamos falando da esfera da
circulação, mais precisamente do problema da realização do valor. O capital é
em sua totalidade “unidade do processo de produção e do processo de circulação;
o processo de produção torna-se mediador do processo de circulação e
vice-versa” (O capital, Livro
II, p. 179). O capitalista começa comprando determinadas
mercadorias (um ato de compra, circulação), organiza um processo de produção e
termina vendendo uma nova mercadoria (novamente a circulação). O processo de
valorização se dá no consumo da força de trabalho, que é a única mercadoria
capaz de gerar mais valor que seu próprio valor, um valor a mais, mais-valor ou
mais-valia. Todavia esse mais-valor está preso inevitavelmente no corpo de uma
mercadoria e precisa se reconverter à forma dinheiro, ou seja, realizar-se. É somente na circulação, na venda da mercadoria que o
mais-valor se realiza, ainda que só possa surgir com valor a mais no processo
de produção. Quem vê as fortunas no setor se espanta, mas elas não surgiram
ali, assim como as crianças aparecem no mundo nas maternidades, mas não foram
geradas nelas.
Compreendendo desta maneira, a circulação não gera valor
novo, ajuda a realizar a mais valia gerada na esfera da produção e se apropria
de parte dela. Os bilhões que aparecem na conta das empresas digitais deriva de
um lucro comercial, mas não da produção de novo valor, são parte, portanto, do
caráter parasitário do capitalismo plenamente desenvolvido. Isto não quer
dizer, de forma nenhuma, que estas empresas não sejam necessárias à dinâmica do
capital monopolista, pelo contrário.
Outro ponto essencial que escapa à compreensão dos jovens
gênios da internet é o motivo de grandes monopólios industriais desviarem
fortunas para estas empresas. Muito preocupados em definir um certo
“capitalismo de vigilância”, as pessoas talvez deviam se preocupar em entender
primeiro o que é “capitalismo”. Então vamos lá.
O capitalismo altamente desenvolvido, portanto, concentrado e
centralizado em grandes empresas monopólicas, tende a desenvolver cada vez mais
a produtividade do trabalho e, portanto, alterar a proporção entre os fatores
que compõe o capital, a chamada composição orgânica. Cada vez mais há um
investimento em meios de produção, tecnologia e outros elementos do capital
constante, proporcionalmente ao que é investido em capital variável, isto é,
força de trabalho. Daí deriva uma tendência à queda nas taxas de lucro e que
está na raiz das crises do capital.
Os capitalistas precisam realizar cada vez mais uma massa
maior de lucro, com taxas de lucro cada vez menores. Daí que uma das
contradições mais preocupantes do capital em seu processo de valorização é o tempo
entre a produção e a realização do valor, o momento em que o capital se
encontra na crisálida antes de voar novamente como capital dinheiro em busca de
novo ciclo de valorização.
Neste momento delicado do processo, diz Marx: “os artistas da
circulação, que se imaginam capazes de fazer, por meio da velocidade da
circulação, algo mais que reduzir os impedimentos postos pelo próprio capital à
sua reprodução, estão num beco sem saída” (Grundisse, p. 450).
O ritmo e o volume da produção dependem do desenvolvimento
tecnológico e da potencialização do trabalho, mas o tempo da realização depende
de outros fatores, como a capacidade de consumo da sociedade, fatores como renda,
logística de distribuição, concorrência, hábitos, quem o imbecil que se
encontra na presidência, etc. Desde sempre o capital buscou controlar a esfera
da realização, daí o desenvolvimento do segmento publicitário entre outros. A
primeira empresa publicitária surgiu em 1841, em Boston, criadas por Volney
Palmer que cobrava módicos 25% para anunciar os produtos (informação que
encontrei graças ao Google).
Ocorre que o capitalismo plenamente desenvolvido tornou esta
batalha pela realização algo mais complexo e gigantesco. Os monopólios estão
dispostos a desembolsar fortunas, contratos que chegam a cifras de bilhões de
dólares, para manter a massa de lucro em níveis aceitáveis.
A verdadeira dimensão ética do processo, um pouco distinta da
crise de consciência de empresários nerds, é que o capitalismo subordinou toda
a humanidade e o planeta ao processo de valorização e para mantê-lo está
disposto a manipular comportamentos e hábitos, explorar brutalmente populações
inteiras, principalmente crianças e mulheres, dilapidar os recursos naturais
colocando em risco o planeta e a vida humana, impondo milhares de
quinquilharias que satisfazem duvidosamente certas necessidades em grande parte
criadas, além de continuar derrubando governos e fraudando eleições. O dilema
particular das redes é apenas, neste cenário maior, um coadjuvante importante,
mas está longe de ser o personagem principal da trama.
Daí a aparente ingenuidade das soluções propostas. A
tentativa de controle, via regulamentações e marcos jurídicos é a vã ilusão de
regularizar o processo de valorização por parâmetros éticos. Lembremos aqui a perfeita
formulação de Mészáros que define tais ilusões como a tentativa de controle de
um socio metabolismo incontrolável. O capital sobreacumulado, do alto de uma
capacidade monumental de produção em massa, exige meios de realização à altura
desta dimensão. Se isso envolver manipulação em massa, não há problema. O
capitalismo é muito bom, mas podíamos ter evitado a escravidão, sei lá, talvez
com regulamentações mais severas. Já antecipo o debate sobre o limite da
manipulação, como induzir as compras de novo modelo de smartphone sem ferir a liberdade de escolha de quem prefere
pombos-correio, além do sagrado direito de ir e vir do shopping center ou do pet shop.
O grande incômodo dos protagonistas entrevistados é a
manipulação. Então, imaginam salvar a parte do negócio e dos “benefícios” para
os usuários e regular o risco da manipulação que pode ameaçar a sociedade
democrática e o mundo livre. Tanto o negócio, como os usuários precisam de um
mundo fundado em indivíduos livres. O capital também. A ideologia é tão
descarada que os realizadores não podem se quer atribuir a manipulação a uma
evidente adesão no espectro político. A manipulação, as fake news, o desvirtuamento de comportamentos políticos, a
radicalização, não são ligados à extrema direita, mas ao “extremo centro”.
Seria cômico se não fosse trágico. O documentário, do ponto de vista político,
é o real “extremismo de centro”.
Como alternativa resta o boicote, sair das redes, como
professa o simpático nerd rastafári, Jaron Lanier. Esta é uma ilusão recorrente e
típica de segmentos médios. Apesar de aparentemente radical ela é a aceitação
de uma premissa falsa, qual seja, que o consumidor é o centro e o principal
sujeito do ato econômico. Se entendemos que o problema reside na forma
capitalista da mercadoria, consequentemente da alienação do trabalho elevado ao
máximo, da subsunção da vida ao processo de valorização do valor, teríamos que
boicotar não apenas as redes, mas os supermercados, a televisão, nossas roupas,
alimentos, porque tudo, absolutamente tudo foi capturado pela mercadoria e pela
lógica do capital. O capital e suas mercadorias precisam das necessidades
humanas para parasitar em seus constantes ciclos de valorização. Marx constatou
isso de forma peremptória ao afirmar que não há valor de troca sem valor de uso.
O que escapa a esses senhores e senhoras e sua saudável crise
ética, é que podemos – e devemos – eliminar o
valor de troca como forma de expressão do valor, sem com isso precisar
abandonar o valor de uso. Deixemos as redes sociais por um momento. Posso
gostar de tomar uma taça de vinho e quando ela se apresenta como mercadoria,
preciso pagar o equivalente monetário de seu valor de troca para ter acesso a
seu valor de uso. Mas como sou um comunista – consciente do fato de que as
viniculturas são empresas que só objetivam o lucro e não minha felicidade –
resolvo então me tornar abstêmio!
Resta saber se as redes têm outro valor de uso além do
expresso como meio de captura de atenção e plataforma de publicidade dirigida.
Me parece que sim.
Uma outra solução seria transformar os produtos do trabalho
humano em objetos que satisfação necessidades humanas, produzidos na superação
da escravizante subordinação dos indivíduos à divisão do trabalho, inclusive e
principalmente a divisão entre trabalho intelectual e manual, de maneira que os
indivíduos se desenvolvam em todos os sentidos, trabalhando de acordo com sua
capacidade e recebendo de acordo com sua necessidade. Se você não sabe do que
isso se trata, dê uma procurada no Google sobre o que é o comunismo. Como suspeito que você não vá encontrar lá a resposta,
sugiro que você comece a comprar livros sobre o assunto. A leitura atenta
destes teria, por exemplo, ajudado muito os entrevistados no documentário a
entender o dilema em que se encontram.
***
Mauro
Iasi é professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, pesquisador do
NEPEM (Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas), do NEP 13 de Maio e membro do
Comitê Central do PCB. É autor do livro O dilema de Hamlet: o ser e o não ser da consciência (Boitempo,
2002) e colabora com os livros Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que
tomaram as ruas do Brasil e György Lukács e a emancipação humana (Boitempo,
2013), organizado por Marcos Del Roio. Colabora para o Blog da Boitempo mensalmente,
às quartas. Na TV Boitempo, apresenta o Café Bolchevique,
um encontro mensal para discutir conceitos-chave da tradição marxista a partir
de reflexões sobre a conjuntura.
*Publicado
originalmente no Blog da Boitempo
Veja: A vida não se resume num samba curto https://bit.ly/3hN3UrP
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